Um tipo de jejum intermitente que reúne bastantes praticantes consiste na calendarização de dias nos quais o consumo de calorias corresponde apenas a 20-25% do total que a pessoa precisa por dia. É também por vezes chamada de restrição calórica intermitente, sendo que normalmente obedece à regra 5:2, ou seja, por semana há 2 dias nos quais é praticada a restrição energética, sendo que nos restantes 5 dias a alimentação é efetuada sem restrições.
Foi demonstrado que em ratos este tipo de padrão alimentar promove uma diminuição da quantidade de gordura visceral e um melhor controlo do açúcar no sangue. Nos estudos efetuados com humanos, os resultados têm sido controversos. A maioria dos artigos divulgados revelou uma diminuição do peso, mas apenas em metade se observou melhoria em relação à resistência à insulina e aos marcadores inflamatórios, e em menos de metade foi registada uma diminuição significativa do chamado “mau colesterol”. Além disso, na maioria dos trabalhos foi destacada a existência de efeitos secundários nalguns participantes, associados ao jejum intermitente praticado, tais como sensação de frio, irritabilidade, fome e falta de energia. No entanto, novamente em relação a este aspeto os resultados são contraditórios, pois nalguns trabalhos observou-se exatamente o contrário.
Curiosamente, quando se compara este tipo de padrão alimentar com a intervenção “clássica” de perda de peso que passa pela restrição calórica diária (mas sem períodos de jejum), verifica-se que são muito poucos os estudos que demonstram que o jejum intermitente promove uma diminuição mais acentuada do peso, ou diminuição nos níveis de insulina. Mas quando as alterações alimentares são combinadas com um aumento do exercício físico (feito de forma adequada!), os efeitos do jejum parecem ser mais significativos.
Recentemente escrevi sobre outro tipo de jejum intermitente (pode ler mais sobre o jejum em dias alternados aqui). Quando comparado com esse tipo de jejum, o jejum sobre o qual falo no post de hoje parece-me uma melhor opção e passo a explicar porquê… Apesar de continuar a ser uma situação agressiva para o nosso corpo, o facto de, nos dias de jejum, haver algum consumo calórico garante que o nosso corpo não fica exclusivamente dependente dele próprio para funcionar, ou seja, as reservas energéticas vão ser indispensáveis mas não vão ser o único fator a ter em consideração. No entanto, a meu ver isso não significa que as dietas com períodos de jejum são vantajosas em relação às dietas hipocalóricas (dietas “tradicionais”). Uma coisa são as modas, e as publicidades que vemos e ouvimos nas redes sociais, e nos meios de comunicação social. Outra coisa é a evidência científica que suporta (ou não!) essas modas. Eventualmente poderá ser vantajoso para umas pessoas, enquanto para outras poderá não ser a melhor opção. Portanto, com base no conhecimento atual, na minha opinião parece-me claramente que as evidências científicas a favor das dietas com períodos de jejum ainda não são suficientes para demonstrar os eventuais benefícios que possam existir. Não estou com isto a dizer que não existem, mas sim que ainda não estão provados e, por isso, não me parece sensato que se defenda este tipo de padrão alimentar só porque sim, ou porque está na moda…
Foi demonstrado que em ratos este tipo de padrão alimentar promove uma diminuição da quantidade de gordura visceral e um melhor controlo do açúcar no sangue. Nos estudos efetuados com humanos, os resultados têm sido controversos. A maioria dos artigos divulgados revelou uma diminuição do peso, mas apenas em metade se observou melhoria em relação à resistência à insulina e aos marcadores inflamatórios, e em menos de metade foi registada uma diminuição significativa do chamado “mau colesterol”. Além disso, na maioria dos trabalhos foi destacada a existência de efeitos secundários nalguns participantes, associados ao jejum intermitente praticado, tais como sensação de frio, irritabilidade, fome e falta de energia. No entanto, novamente em relação a este aspeto os resultados são contraditórios, pois nalguns trabalhos observou-se exatamente o contrário.
Curiosamente, quando se compara este tipo de padrão alimentar com a intervenção “clássica” de perda de peso que passa pela restrição calórica diária (mas sem períodos de jejum), verifica-se que são muito poucos os estudos que demonstram que o jejum intermitente promove uma diminuição mais acentuada do peso, ou diminuição nos níveis de insulina. Mas quando as alterações alimentares são combinadas com um aumento do exercício físico (feito de forma adequada!), os efeitos do jejum parecem ser mais significativos.
Recentemente escrevi sobre outro tipo de jejum intermitente (pode ler mais sobre o jejum em dias alternados aqui). Quando comparado com esse tipo de jejum, o jejum sobre o qual falo no post de hoje parece-me uma melhor opção e passo a explicar porquê… Apesar de continuar a ser uma situação agressiva para o nosso corpo, o facto de, nos dias de jejum, haver algum consumo calórico garante que o nosso corpo não fica exclusivamente dependente dele próprio para funcionar, ou seja, as reservas energéticas vão ser indispensáveis mas não vão ser o único fator a ter em consideração. No entanto, a meu ver isso não significa que as dietas com períodos de jejum são vantajosas em relação às dietas hipocalóricas (dietas “tradicionais”). Uma coisa são as modas, e as publicidades que vemos e ouvimos nas redes sociais, e nos meios de comunicação social. Outra coisa é a evidência científica que suporta (ou não!) essas modas. Eventualmente poderá ser vantajoso para umas pessoas, enquanto para outras poderá não ser a melhor opção. Portanto, com base no conhecimento atual, na minha opinião parece-me claramente que as evidências científicas a favor das dietas com períodos de jejum ainda não são suficientes para demonstrar os eventuais benefícios que possam existir. Não estou com isto a dizer que não existem, mas sim que ainda não estão provados e, por isso, não me parece sensato que se defenda este tipo de padrão alimentar só porque sim, ou porque está na moda…