Nutrição geral

Vamos diminuir a pegada ecológica da nossa alimentação!

Não há dúvida que (quase) tudo o que nós fazemos tem impacto no meio ambiente. A alimentação é uma das atividades diárias que mais pode influenciar, positivamente ou negativamente, o meio que nos rodeia. Recentemente escrevi um post sobre o climatarianismo (mais informações sobre o climatarianismo neste post), que é um padrão alimentar no qual eu me revejo, e que procura olhar para a alimentação como um todo, ou seja, como algo que me afeta enquanto consumidor direto, mas que afeta igualmente os outros e o meio ambiente. Ou seja, defende uma consciência alimentar integradora, na qual se deve minimizar a pegada ecológica da alimentação. Claro que eu tenho consciência que é impossível eliminar o impacto ecológico negativo na totalidade, mas o objetivo será minimizar o mesmo. E mudar não é assim tão difícil, pois há várias formas de o fazer…


Por exemplo, sempre que possível deve-se dar preferência a alimentos de origem vegetal, porque de uma maneira geral a sua produção requer menos recursos ecológicos, seja ao nível da área de produção, ou mesmo da água necessária. Obviamente que não estou a dizer que devemos ser todos vegetarianos, mas sim que se calhar é possível reduzir o consumo de alimentos de origem animal, com especial destaque para a carne e para o pescado (ou seja, do ponto de vista ecológico os ovos e os laticínios têm um impacto menor).

 

A consumo de carne e pescado tem um impacto (negativo) muito significativo no meio ambiente.

 


Também me parece importante respeitar a sazonalidade dos alimentos, ou seja, optar por produtos da época, de preferência de produção local. Sim, eu sei que me vão dizer que às vezes são mais caros, mas temos que pensar que o dinheiro que se paga a mais é um investimento no futuro das próximas gerações… Isto se houver disponibilidade financeira para tal, como é óbvio! Além de estarmos a respeitar mais o ambiente, pois não vamos consumir alimentos que vieram do outro lado do Mundo, estamos também a preservar as tradições alimentares/agrícolas de cada região, e a fortalecer a economia local. E já que estamos a falar em economia local, previligar a compra de produtos em mercados, diretamente aos produtores, é também outra forma de preservarmos o ambiente.


Um dos aspetos mais defendidos quando se fala no impacto ecológico das escolhas alimentares, é o consumo de alimentos de produção biológica. De facto esta forma de produção não utiliza herbicidas e pesticidas, o que tem um claro impacto positivo no ambiente. No entanto, a rentabilidade de produção é significativamente menor, pelo que é necessária uma maior área para se obter a mesma quantidade de produto. Ou seja, não é a solução perfeita, pois se de repente todas as pessoas começassem a consumir apenas produtos biológicos, o nosso planeta ficava ainda mais pequeno para todos os recursos alimentares necessários. Não é, por isso, uma solução sustentável. Portanto, na minha opinião, deve-se optar por um equilíbrio entre a produção biológica e a produção intensiva.


Por fim, também me parece que poderia ser interessante existirem programas (eventualmente ao nível das autarquias), que recuperassem pomares abandonados, e que os tornassem de uso comum. Esta situação poderia ainda ser extendida a espaços públicos como jardins, ou terrenos camarários, no sentido de disponibilizar fontes de fruta local e sazonal à população que a quisesse consumir. Ao mesmo tempo que se estava também a fomentar a plantação de árvores, ou seja, ganhava-se em duas frentes em simultâneo.

 

Respeitar a sazonalidade dos alimentos, optar por produtos locais e incluir alguns produtos biológicos na alimentação, são estratégias que podem ajudar a diminuir a pegada ecológica da nossa alimentação.

 


Mudar é preciso, e não podemos estar sempre à espera que sejam as gerações futuras a fazê-lo. O nosso planeta, e o futuro dos mais novos depende de nós!

 

Quer aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal? Veja as principais vantagens de alguns desses alimentos aqui:

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