O abacate é uma fruta que tem vindo a ganhar bastante popularidade nos últimos anos, sobretudo devido à sua rica composição nutricional, e à sua versatilidade culinária. De uma maneira geral, apresenta uma casca rígida, um interior verde e cremoso e um caroço central, normalmente redondo e de grandes dimensões. Um dos problemas que se coloca quando se abre um abacate é a sua sensibilidade à exposição ao ar. De facto, se não for consumido na totalidade, o abacate tem tendência a sofrer oxidação, ficando com uma aparência acastanhada. Há quem diga que se se deixar o caroço na metade de abacate que não se vai utilizar, a sua conservação melhora. Será mito, ou será verdade?
A oxidação que o abacate (ou qualquer outro alimento) sofre deve-se essencialmente à exposição ao oxigénio existente no ar. Devido a isso, há duas estratégias que devem ser adotadas no sentido de prevenir a oxidação dos alimentos (mais informações sobre a oxidação dos alimentos neste post), sempre que possível. Em primeiro lugar, deve-se minimizar o contacto do alimento com o ar. Em segundo lugar, se houver oportunidade deve-se utilizar antioxidantes para impedir essa oxidação (mais informações sobre os antioxidantes neste post).
O caroço do abacate protege-o da exposição ao ar, diminuindo o risco de oxidação.
Apesar de não ter propriedades antioxidantes significativas, o caroço do abacate permite minimizar a exposição ao ar, contribuindo dessa forma para uma melhor conservação do mesmo. Quer isto dizer que a superfície do abacate que contacta com o caroço fica mais protegida, o que significa que apenas essa parte se conserva melhor. Toda a polpa do abacate que não fica protegida pelo caroço, fica sujeita à oxidação por contacto direto com o ar. Portanto, apesar de não ser uma técnica que permita proteger o abacate como um todo, a manutenção do caroço é algo simples e eficaz no sentido de melhorar a sua conservação.