Nutrimentos

Carência e excesso de fósforo: o que pode acontecer

O fósforo é um mineral indispensável para o funcionamento do nosso corpo, onde participa em muitas funções diferentes (mais informações sobre o fósforo neste post). Devido a isso é fundamental garantir que os níveis de fósforo se encontram dentro dos valores considerados normais, ou seja, que não estejam nem em defeito, nem em excesso.


O fósforo pode ser quantificado através de análises ao sangue. Apesar disso, esta análise não reflete necessariamente o conteúdo de fósforo do corpo, uma vez que este tem tendência a acumular-se nalguns locais (como o osso, por exemplo). Uma vez que o fósforo se encontra presente em quantidades significativas em muitos alimentos diferentes, normalmente uma alimentação diversificada e equilibrada consegue fornecer uma quantidade suficiente do mesmo. No entanto, por vezes podem ocorrer situações de carência de fósforo, uma condição chamada hipofosfatemia. Esta situação tem tendência a ser mais frequente em determinados grupos populacionais. Por exemplo, bebés prematuros têm um risco mais elevado de apresentarem carência de fósforo, uma vez que cerca de 2/3 da densidade mineral dos ossos é adquirida durante o terceiro trimestre de gravidez. Como consequência, se um bebé nascer prematuro, tem uma maior probabilidade de ter menores reservas de fósforo nos seus ossos. Também há algumas doenças raras nas quais os pacientes não conseguem manter níveis adequados de fósforo, estando frequentemente associadas a enfraquecimento dos ossos (raquitismo nas crianças e osteomalácia nos adultos). Em casos de alcoolismo a carência de fósforo tende a tornar-se mais frequente, tal como em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas (enfisema pulmonar, bronquite crónica, …). Diabéticos a quem esteja a ser administrada insulina também estão em maior risco de ter níveis baixos de fósforo. Por último, como é óbvio em casos graves de subnutrição podem também surgir carências de fósforo, sendo que esta subnutrição pode ser causada por défice na ingestão dos alimentos (fome ou anorexia, por exemplo), ou por falhas na absorção intestinal (doenças inflamatórias intestinais, por exemplo). Apesar de todas estas possibilidades, na maior parte das vezes a carência de fósforo está associada a cetoacidose diabética, problemas renais ou atividade excessiva das glândulas paratiroideias.

 

O fósforo está presente em muitos alimentos diferentes, pelo que uma alimentação diversificada e equilibrada permite evitar situações de carências do mesmo, em condições normais.

 


De uma maneira geral a carência de fósforo está associada a várias consequências, nomeadamente anorexia, anemia, fraqueza muscular, fadiga, dores nos ossos e nas articulações, enfraquecimento dos ossos, aumento do risco de infeção, confusão, irritabilidade, falta de apetite e problemas respiratórios.


A situação contrária, ou seja, um excesso de fósforo, é uma condição muito rara, pois de uma maneira geral o nosso corpo tem a capacidade de eliminar fósforo quando este se encontra em níveis superiores ao normal. No entanto, quando tal acontece, existe um risco aumentado de doenças cardiovasculares e problemas renais. Além disso, pode também originar um enfraquecimento dos ossos, bem como o aparecimento de depósitos de cálcio (calcificação) nos tecidos moles. Além disso, quando o fósforo é consumido em doses muito elevadas (consumo desadequado de suplementos, por exemplo), pode causar dores de cabeça, náuseas, tonturas, diarreia e vómitos, podendo ainda interferir com a capacidade que o nosso corpo tem de utilizar outros minerais, como ferro, cálcio, magnésio e zinco.

 

O excesso de fósforo é uma condição muito rara, que pode afetar essencialmente os ossos, rins e sistema cardiovascular.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *