Folhas de salsa
Alimentos

Salsa: muito mais do que uma “simples” erva aromática

A salsa é, possivelmente, a erva aromática mais utilizada na gastronomia Portuguesa. Seja no Norte, Centro, Sul ou Ilhas, a salsa é um ingrediente de muitas e deliciosas receitas. Aliás, atrevo-me a dizer que possivelmente a salsa é a erva aromática mais universal em todo o Mundo.


A planta da salsa pertence à família das cenouras, aipo, cominhos e anis. É uma planta bienal, que se auto-renova regularmente, ou seja, quando se tem um pé de salsa bem estabelecido em princípio significa que em condições normais essa salsa se vai manter durante muitos anos. Há dois tipos principais de salsa, a salsa encaracolada e a salsa Italiana (tem a folha plana e é a mais utilizada em Portugal). Esta última é mais aromática e tem um sabor menos picante. Há ainda uma planta venenosa chamada salsa dos tolos, que é bastante parecida com a salsa Italiana.

 

A salsa é uma erva aromática muito utilizada um pouco por todo o Mundo, sendo que há duas variantes principais: a salsa encaracolada e a salsa Italiana.

 


A salsa teve origem na baía do Mediterrâneo, mais concretamente no sul da Europa (Itália, principalmente), e norte de África (Argélia e Tunísia). É cultivada há mais de 2000 anos, mas inicialmente era utilizada apenas como uma planta medicinal, e não como um alimento. Por exemplo, atualmente ainda é aconselhado chá de salsa para tratar cálculos biliares (as chamadas “pedras na vesícula”), cálculos renais (“pedras nos rins”), indigestão e problemas intestinais. Na Grécia Antiga considerava-se a salsa sagrada, sendo utilizada para decorar vencedores de competições desportivas e tumbas. A utilização da salsa como guarnição/ingrediente surgiu com os Romanos, e generalizou-se por toda a Europa algures na Idade Média.


Além de possuir um sabor intenso e característico, a salsa possui uma elevada riqueza nutricional, principalmente em relação às vitaminas K, C e A. Adicionalmente, apresenta na sua composição vários antioxidantes (apiina, apigenina, crisoeriol, miricetina e luteolina) e óleos voláteis (miristicina, limonenon, eugenol e alfa-tujeno). Devido a tudo isto, são vários os potenciais benefícios atribuídos à salsa. Em breve irei escrever um post sobre este assunto…

 

Originalmente a salsa era utilizada como uma planta medicinal, mas devido ao seu sabor e riqueza nutricional passou também a ser considerada um alimento.

 


O que é que se pode encontrar em 100g de salsa?
– 36kcal
– 6,3g hidratos de carbono
– 3,0g proteína
– 0,8g gordura
– 3,3g fibra
– 2050% (!!!!) da dose diária recomendada (DDR) de vitamina K
– 222% da DDR de vitamina C
– 168% da DDR de vitamina A
– 38% da DDR de ácido fólico
– 34% da DDR de ferro
– 16% da DDR de potássio
– 14% da DDR de cálcio
– 12% da DDR de magnésio

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