Nutrimentos

Vitaminas: o que são e para que é que servem?

Dito de uma forma simples, as vitaminas são moléculas indispensáveis para o funcionamento do nosso corpo, mas que nós não conseguimos sintetizar, pelo menos na quantidade que necessitamos. Por exemplo, no caso da vitamina D, nós conseguimos produzi-la, mas a quantidade que produzimos é insuficiente para fazer face ao que precisamos. Noutros casos, como por exemplo a vitamina A, nós não conseguimos sequer sintetizá-la.
Mas então, se não são produzidas por nós, de onde é que vêm as vitaminas? A maior parte das vitaminas vem da nossa alimentação. Todos nós já ouvimos dizer que “o alimento X é rico em vitaminas”, ou que “o alimento Y contém grandes quantidades de uma determinada vitamina”. Conhecer a composição dos alimentos, de forma a otimizar o seu conteúdo em vitaminas é algo fundamental para podermos tirar partido de todas as nossas capacidades. Mais ainda, como estamos constantemente a ser expostos a novos desafios, idealmente o consumo de vitaminas deve ser ajustado em função dos mesmos. Por isso é que o nosso padrão alimentar deve ser dinâmico e continuamente ajustado, para estarmos melhor preparados para lidar com diferentes contextos. Mas voltando às vitaminas… outra das possíveis fontes são as nossas bactérias intestinais, que produzem algumas vitaminas que depois nós absorvemos. Esta é mais uma prova do conceito de simbiose que existe entre nós e os milhões de bactérias que habitam o intestino e que tem, nos últimos anos, merecido cada vez mais atenção (em breve escreverei um post sobre isso…). Por último, em casos onde a produção no nosso corpo, a alimentação e a produção pelas bactérias intestinais são insuficientes, é também possível obter vitaminas através de suplementos alimentares.
E para que é que servem as vitaminas? Esta é uma questão para a qual existem muitas respostas, pois na realidade não existe uma única função para as vitaminas. Algumas são utilizadas como antioxidantes (vitamina C e vitamina E, por exemplo), outras são utilizadas para o correto funcionamento do nosso metabolismo (vitamina B1 e vitamina B6, por exemplo), outras são fundamentais para o desenvolvimento das nossas células (ácido fólico e vitamina B12, por exemplo) e outras ainda são indispensáveis para a produção de diferentes componentes do nosso corpo (vitamina C e vitamina D, por exemplo).
Independentemente da variedade de funções, todas elas partilham uma característica comum: são indispensáveis para o correto funcionamento do nosso organismo. Por isso, é fundamental garantir uma ingestão adequada de todas as vitaminas, para evitar situações de carência, designadas por avitaminoses. O raquitismo, a pelagra, o escorbuto ou o beribéri são exemplos de avitaminoses. No entanto, não quero com isto dizer que devemos consumir o máximo possível de vitaminas, pois nalguns casos existem limites a partir dos quais o excesso de vitaminas pode causar danos ao nosso organismo. O ideal é haver bom senso, e garantir uma quantidade nem em defeito, nem em excesso. Isto é particularmente importante no caso de pessoas que recorram a suplementos vitamínicos. É fundamental haver um aconselhamento prévio, para se perceber se estão ou não em risco de ter excesso de algumas vitaminas.
Do ponto de vista de características bioquímicas, as vitaminas estão divididas em 2 grandes grupos, as vitaminas lipossolúveis e as vitaminas hidrossolúveis. As primeiras não se dissolvem em água e  necessitam de gordura para serem corretamente absorvidas a nível intestinal. Deste grupo fazem parte as vitaminas A, D, E e K. As restantes vitaminas (complexo B e vitamina C) são hidrossolúveis, ou sejam, dissolvem-se em água.
Sendo elementos tão importantes para nós, o seu consumo deve ser valorizado. Não devemos generalizar e dizer que um alimento é rico em vitaminas, devemos dizer que em rico em algumas vitaminas, pois não existem alimentos perfeitos que nos forneçam grandes quantidades de todas as vitaminas. Saber adequar as quantidades e as combinações de alimentos é, por isso, fundamental!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *