Romã aberta ao meio
Alimentos

Romã: beleza natural e riqueza nutricional

A romã é uma fruta misteriosa, que apresenta um interior bem diferente das restantes frutas. É possivelmente uma das frutas mais bonitas que existe, com os seus múltiplos bagos vermelhos transparentes que estão carregados de nutrientes e compostos bioativos. Além disso é muito saborosa e refrescante, e apesar de ter um exterior duro, é igualmente uma fruta frágil. Ou seja, à beleza exterior da romã junta-se uma beleza interior e uma riqueza nutricional difícil de igualar

As romãs tiveram a sua origem no Médio Oriente, numa região que compreende atualmente o Irão e a parte norte da Índia. Foram uma das primeiras árvores de fruto a serem cultivadas, por volta do ano 5000 a. C. No Antigo Egito a popularidade da romã estava em alta, sendo considerada uma fruta real. A sua introdução na Europa surgiu através dos países da bacia do Mediterrâneo. Atualmente são cultivadas romãs um pouco por todo o mundo, sendo que no Hemisfério Norte normalmente são colhidas entre setembro e fevereiro, enquanto no hemisfério sul a colheita é efetuada entre março e maio.

A quantidade de bagos que existe em cada romã é bastante variável, mas pode chegar aos 600 bagos numa única fruta. Estes bagos são muito sumarentos e estão Romã. Têm uma textura normalmente crocante, e um aroma suave. A acidez natural da romã deve-se principalmente à presença de taninos, mais concretamente elagitaninos. Estas substâncias contribuem para as propriedades antioxidantes da romã.

 

A romã é uma das frutas mais bonitas que existe, quer na parte exterior, quer na parte interior. Os seus bagos são muito nutritivos, apresentando uma riqueza elevada em macro- e micronutrientes, bem como em antioxidantes.

 

O que é que se pode encontrar em 100g de romã?
– 50kcal
– 12g hidratos de carbono
– 0,4g proteína
– 0,4g gordura
– 3,4g fibra
– 16% da DDR (dose diária recomendada) de cobre
– 13% da DDR de vitamina C
– 12% da DDR de potássio
– 6% da DDR de vitamina B1, B5 e manganês
– 5% da DDR de vitamina B6, E, fósforo e zinco

 

Uma das consequências associadas ao consumo de romãs é uma possível diminuição da pressão arterial. Esta situação pode ser benéfica para a maior parte das pessoas, no entanto é preciso um cuidado especial por parte de quem normalmente tem a pressão sanguínea baixa. Devido a este efeito, é preciso igualmente estar atento ao consumo de romãs na fase antes e após uma cirurgia. Parece-me também importante referir que o sumo de romã pode interferir com vários medicamentos, nomeadamente alguns anticoagulantes e alguns anti-hipertensores. Em caso de dúvida sobre se pode ou não consumir romã, deve procurar um acompanhamento especializado.

 

O consumo de romã pode levar ao aparecimento de alguns efeitos secundários, nomeadamente uma diminuição da pressão arterial, e interferências com alguns tipos de medicamentos (anti-coagulantes e anti-hipertensores).

 

Curiosidade 1: Sabia que Kandahar (Afeganistão), que infelizmente é conhecida por razões menos boas, é famosa pelas suas romãs de alta qualidade?


Curiosidade 2: As nódoas causadas pelo sumo de romã são normalmente difíceis de remover, por isso deve ter um especial cuidado quando as descasca.


Curiosidade 3: Na Grécia Antiga as romãs eram consideradas a fruta dos mortos, e acreditava-se que era formada a partir do sangue do deus Adonis (deus da beleza e do desejo).

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