Uma expressão que está na moda, e que se houve inúmeras vezes é “alimentação saudável”. Mas o que é isto de alimentação saudável? Será que existe mesmo uma alimentação saudável? E mesmo existindo, será que é um tipo de alimentação que conseguimos adotar sempre no nosso dia-a-dia? Se eu estou sempre a mudar, e se durante o dia sou confrontado com diferentes situações que exigem diferentes adaptações, tentar generalizar a alimentação e dar-lhe o rótulo de “alimentação saudável” é, no mínimo, questionável. Por exemplo, se eu praticar desporto regularmente, para mim uma alimentação saudável será uma alimentação que me vai dar mais calorias em função daquilo que eu gasto. Mas se eu tiver que ficar em casa 1 semana porque parti o pé, essa alimentação já não é a mais adequada…
Eu sei que o início deste post está um bocado filosófico, mas às vezes é bom refletirmos neste tipo de conceitos e ideias, para percebermos que, se calhar, andamos à procura de algo que não existe ou, pelo menos, é impossível de alcançar. Claro que existem várias regras que eu posso e devo aplicar, sempre que possível, para garantir que a minha alimentação é o mais saudável possível, mas daí a dizer que tenho uma alimentação saudável vai uma longa distância… De qualquer das formas, há algumas regras que na maior parte das vezes todos devemos seguir, tais como a diminuição do consumo de sal, de hidratos de carbono refinados, e de gorduras saturadas (ainda que neste caso comece a existir informação nova que coloca em causa esta ideia, mas sobre isso falaremos noutro post…). Por exemplo, neste último caso, a redução do consumo de gordura saturada tem vindo a ser relacionada com uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares, principalmente devido ao impacto que alguns tipos de gordura saturada têm nos níveis de colesterol no sangue e, em particular, na diminuição dos níveis do chamado “mau colesterol” (LDL). No entanto, a diminuição do consumo de gordura também parece fazer diminuir os níveis do “bom colesterol”… Conseguir otimizar os macronutrimentos ingeridos, de forma a obter-se os efeitos pretendidos, apenas nos parâmetros que queremos modificar e, por isso, algo extremamente difícil de realizar. No entanto, a substituição de gordura saturada por gordura insaturada parece ter o efeito pretendido nos níveis de LDL e HDL (diminui os primeiros e aumenta os segundos). Mas como é que se consegue fazer isso na prática? Existem vários alimentos ricos em gorduras insaturadas, por isso a escolha não é assim tão complicada.
Num estudo recente, foi avaliado o impacto que o consumo diário de amêndoas (43g/dia), em combinação com um plano alimentar de redução dos níveis de colesterol, teve ao nível do “bom colesterol”, seja em termos da quantidade, seja em termos da função do mesmo. Este trabalho foi realizado numa população heterogénea, contendo pessoas com índice de massa corporal normal ou superior ao normal. Os investigadores observaram que a inclusão de amêndoas na alimentação impediu a diminuição dos níveis de “bom colesterol” associados à tradicional diminuição do consumo de gorduras e, consequentemente, diminuiu o risco de aparecimento de doenças cardíacas. Comparativamente, se em vez de amêndoas, os indivíduos comessem um snack rico em hidratos de carbono, mas com as mesmas calorias, este efeito já não se verificava…
Este estudo revela de que forma a nossa alimentação é fascinante, e como é fundamental saber sempre mais para se conseguir planear a alimentação de forma mais eficaz, em função dos nossos objetivos. A contagem de calorias, por si só, revela-se insuficiente (mas importante!) para muitos casos, é preciso olhar com mais detalhe e estar atento aos diferentes nutrimentos que compõem os nossos alimentos. Pensando neste estudo em concreto, obviamente que recomendar a um paciente que coma todos os dias 43g de amêndoas é o mesmo que dizer que ao fim de algum tempo ele se vai aborrecer e, se calhar, vai enjoar de amêndoas e nunca mais as vai querer ver à frente. Além disso, é preciso ter noção de que isso eventualmente poderia desregular outros parâmetros que não os níveis de bom colesterol. O que é fundamental é conhecer bem as ferramentas que podemos utilizar, ou seja, os nosso alimentos, para fazer as melhores escolhas possíveis, de preferência de forma variada e pouco monótona! Não tenho dúvidas que muitos dos problemas de saúde atuais seriam muito menos frequentes…
Eu sei que o início deste post está um bocado filosófico, mas às vezes é bom refletirmos neste tipo de conceitos e ideias, para percebermos que, se calhar, andamos à procura de algo que não existe ou, pelo menos, é impossível de alcançar. Claro que existem várias regras que eu posso e devo aplicar, sempre que possível, para garantir que a minha alimentação é o mais saudável possível, mas daí a dizer que tenho uma alimentação saudável vai uma longa distância… De qualquer das formas, há algumas regras que na maior parte das vezes todos devemos seguir, tais como a diminuição do consumo de sal, de hidratos de carbono refinados, e de gorduras saturadas (ainda que neste caso comece a existir informação nova que coloca em causa esta ideia, mas sobre isso falaremos noutro post…). Por exemplo, neste último caso, a redução do consumo de gordura saturada tem vindo a ser relacionada com uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares, principalmente devido ao impacto que alguns tipos de gordura saturada têm nos níveis de colesterol no sangue e, em particular, na diminuição dos níveis do chamado “mau colesterol” (LDL). No entanto, a diminuição do consumo de gordura também parece fazer diminuir os níveis do “bom colesterol”… Conseguir otimizar os macronutrimentos ingeridos, de forma a obter-se os efeitos pretendidos, apenas nos parâmetros que queremos modificar e, por isso, algo extremamente difícil de realizar. No entanto, a substituição de gordura saturada por gordura insaturada parece ter o efeito pretendido nos níveis de LDL e HDL (diminui os primeiros e aumenta os segundos). Mas como é que se consegue fazer isso na prática? Existem vários alimentos ricos em gorduras insaturadas, por isso a escolha não é assim tão complicada.
Num estudo recente, foi avaliado o impacto que o consumo diário de amêndoas (43g/dia), em combinação com um plano alimentar de redução dos níveis de colesterol, teve ao nível do “bom colesterol”, seja em termos da quantidade, seja em termos da função do mesmo. Este trabalho foi realizado numa população heterogénea, contendo pessoas com índice de massa corporal normal ou superior ao normal. Os investigadores observaram que a inclusão de amêndoas na alimentação impediu a diminuição dos níveis de “bom colesterol” associados à tradicional diminuição do consumo de gorduras e, consequentemente, diminuiu o risco de aparecimento de doenças cardíacas. Comparativamente, se em vez de amêndoas, os indivíduos comessem um snack rico em hidratos de carbono, mas com as mesmas calorias, este efeito já não se verificava…
Este estudo revela de que forma a nossa alimentação é fascinante, e como é fundamental saber sempre mais para se conseguir planear a alimentação de forma mais eficaz, em função dos nossos objetivos. A contagem de calorias, por si só, revela-se insuficiente (mas importante!) para muitos casos, é preciso olhar com mais detalhe e estar atento aos diferentes nutrimentos que compõem os nossos alimentos. Pensando neste estudo em concreto, obviamente que recomendar a um paciente que coma todos os dias 43g de amêndoas é o mesmo que dizer que ao fim de algum tempo ele se vai aborrecer e, se calhar, vai enjoar de amêndoas e nunca mais as vai querer ver à frente. Além disso, é preciso ter noção de que isso eventualmente poderia desregular outros parâmetros que não os níveis de bom colesterol. O que é fundamental é conhecer bem as ferramentas que podemos utilizar, ou seja, os nosso alimentos, para fazer as melhores escolhas possíveis, de preferência de forma variada e pouco monótona! Não tenho dúvidas que muitos dos problemas de saúde atuais seriam muito menos frequentes…