Sim, eu sei que este é um tema controverso, e acredito que este post seja um pouco polémico. Na realidade, ponderei nem o escrever, mas como é hábito no Mundo da Nutrição, tento sempre apresentar um assunto através de diferentes perspetivas… E como já escrevi sobre alimentos que podem ajudar a diminuir o risco ou a lidar melhor com a depressão (pode consultar esses posts aqui e aqui), chegou a vez de falar dos “maus da fita”… Na realidade, muitos dos alimentos que irei referir neste post não são diretamente potenciadores da depressão, mas normalmente quando são consumidos acabam por ocupar o lugar de outras alternativas mais saudáveis.
Há varios alimentos cujo consumo tem vindo a ser associado a um maior risco de se sofrer de depressão. Na maior parte das vezes este efeito surge porque tornam a alimentação mais pobre do ponto de vista nutricional.
Fique então a conhecer a “lista negra” alimentar para a depressão:
– Adoçantes – Apesar de ainda não estar muito bem compreendida a relação entre o consumo de adoçantes e a depressão, há estudos que apontam nesse sentido. Neste contexto gostaria de destacar o aspartame em particular, que é um dos adoçantes mais consumidos e que parece estar relacionado com um aumento da probabilidade de ter depressão.
– Ketchup – Apesar de ser consumido como um molho salgado, o ketchup contém grandes quantidades de açúcares simples, o que faz com que seja um alimento que pode contribuir para que os níveis de açúcar no sangue se elevem de forma significativa.
– Sumo de fruta natural – Quando se faz um sumo a partir de fruta, há 2 aspetos a ter em consideração. Em primeiro lugar, normalmente acaba por se consumir muito mais fruta do que se se optasse pela versão inteira. Por exemplo, para preparar um copo de sumo de laranja é preciso utilizar 2-3 laranjas médias. Em segundo lugar, e talvez mais importante, quando se prepara o sumo vai-se retirar a maioria da fibra presente na fruta (mais informações sobre a fibra aqui). Essa fibra contribui não só para que a fruta seja menos calórica (pois a fibra não é digerida), como é fundamental para estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Alterações nesses níveis podem estar relacionadas com um maior risco de depressão. Por isso, nada melhor do que comer a fruta inteira…
– Refrigerantes – Além de fazerem o açúcar no sangue disparar (obviamente que neste caso estou a deixar de fora os refrigerantes “light” ou “zero”), há também estudos que relacionam o consumo de refrigerantes com um risco aumentado de depressão.
– Pão branco – Este é, na minha opinião, um dos elementos mais polémico desta lista… Mas a ideia é simples de explicar… Quando se come pão branco, está-se a consumir um alimento que é normalmente consumido com regularidade, mas que é feito a partir de farinha refinada, que é uma farinha muito mais pobre do ponto de vista nutricional do que as farinhas não refinadas. Um consumo excessivo de pão branco faz com que possam surgir algumas carências nutricionais, não pelo que se come, mas sim pelo que não se come (farinha integral, sementes, etc.).
– Gelados, bolos e bolachas – Além de serem, na sua grande maioria, uma fonte de grandes quantidades de açúcar, a maior parte destes alimentos apresenta uma quantidade significativa de gordura “trans”, que é um tipo de gordura que parece estar relacionado com um maior risco de depressão.
– Café – Este alimento parece aumentar o risco de depressão apenas em pessoas que não o consomem regularmente. Nesses casos pode estar associado a uma maior ansiedade. Ao mesmo tempo, quem consome regularmente café pode ver o risco de depressão aumentado se ficar privado de cafeína.
Procure ter uma alimentação diversificada e com opções nutricionalmente mais corretas. Além de estar a melhor a sua saúde global, vai melhorar especificamente a sua saúde mental.