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Geleia de agave: um toque (agri)doce na sua alimentação

A geleia de agave, também muitas vezes chamada de xarope de agave, é um alimento produzido a partir das folhas de uma planta chamada agave azul. Esta é uma planta suculenta semelhante a um cato, da família da yuca, muito abundante na América Central, em particular no México. Além de ser utilizado para preparar a geleia de agave, é também a partir deste cato que é produzida a tequila. A geleia de agave é um líquido viscoso, com uma cor acastanhada, sendo facilmente confundida com alguns tipos de mel. Trata-se de uma alternativa natural aos açúcares refinados e aos adoçantes artificiais, que nos últimos anos tem vindo a merecer uma atenção crescente por parte dos consumidores e, em paralelo, por parte dos profissionais de saúde, com opinião contraditórias sobre a mesma.
Devido à sua consistência líquida e viscosa, pode ser utilizado como um topping em iogurtes, panquecas ou fruta. Pode também ser incluído em receitas (claro que neste caso terá que ajustar a quantidade de geleia de agave em função da quantidade de açúcar, podendo no início ser um pouco complicado estabelecer a quantidade correta). Além do seu poder adoçante, o consumo de geleia de agave parece estar relacionado também com alguns potenciais benefícios, mas também alguns riscos
A geleia de agave é muito rica em açúcares, pelo que o facto de ser uma alternativa natural aos açúcares refinados não significa que possa ser consumida sem moderação. Existem, na realidade, alguns cuidados que deve ter em relação ao seu consumo. Além de ter um elevado potencial calórico, também possui açúcares fermentáveis na sua composição, ou seja, contém açúcares que podem ser utilizados pelas bactérias presentes na nossa boca e, consequentemente, pode aumentar o risco do aparecimento de cáries dentárias.
O que é que se pode encontrar em 100g de geleia de agave?
– 310kcal
– 76,4g hidratos de carbono
– <0,1g proteína
– 0,5g gordura
– 0,2g fibra
– não contém quantidades significativas de vitaminas
– contém apenas quantidades vestigiais de alguns minerais, tais como o cobre ou o ferro
Para concluir, na minha opinião a geleia de agave é uma alternativa ao açúcar, mas não é tão saudável como a querem fazer parecer. Tem algumas potenciais vantagens, mas também tem algumas desvantagens. Repare que na sua composição nutricional não existe nada de particularmente especial, além dos hidratos de carbono. Além disso, importa referir que cerca de 85% desses hidratos de carbono estão sob a forma de frutose, que é um hidrato de carbono que tem vindo a merecer especial atenção por causa dos seus potenciais efeitos negativos no nosso corpo. No caso da geleia de agave, por vezes parece que, sendo uma opção mais natural do que o açúcar branco, não é preciso ter cuidado com a sua ingestão. “Use mas não abuse” seria talvez o lema que eu utilizaria em relação à geleia de agave, caso queira utilizá-la. No entanto, se não a utilizar também não é grave! O ideal será recorrer, sempre que possível, à fruta (fresca ou seca), ou ao mel (apesar de não ser exageradamente melhor do que a geleia de agave, o mel parece-me uma melhor opção, e em breve irei colocar um post sobre isso), como adoçantes das suas sobremesas. Pesando os prós e os contras, no final tudo se irá resumir principalmente a uma questão de preferência pessoal, pois entre a geleia de agave, o açúcar refinado ou mesmo o mel, não há nenhum que seja claramente melhor. Um consumo exagerado de qualquer um poderá ter consequências ao nível do peso e da acumulação de gordura corporal, bem como provocar um aumento dos triglicéridos no sangue. Por isso tenha muita atenção às “modas” e seja rigoroso na altura de fazer as suas opções alimentares.

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