Atualmente vivemos uma época na qual, devido ao aumento da esperança média de vida e à própria evolução do estilo de vida, as doenças crónicas estão a assumir um papel cada vez mais destacado na nossa sociedade. Devido a isso, torna-se fundamental perceber de que forma é que é possível minimizar o seu aparecimento e/ou impacto, no sentido de melhorar a qualidade de vida de cada pessoa. De entre todos os fatores comportamentais, a alimentação assume-se possivelmente como o que apresenta um maior potencial a esse nível.
As leguminosas são uma família de alimentos incrível (mais informações sobre as leguminosas neste posts), e são vários os motivos que justificam esta minha opinião: são deliciosas, super-nutritivas, muito versáteis do ponto de vista culinário, fáceis de preparar e apresentam um custo baixo. Ou seja, motivos não faltam para consumir leguminosas com regularidade. Desta família fazem parte o feijão (mais informações sobre o feijão neste post), o grão-de-bico, as lentilhas, a soja, as ervilhas, as favas (mais informações sobre as favas neste post), os amendoins e os tremoços. Sendo alimentos nutricionalmente tão ricos, não é de estranhar que o seu consumo esteja associado a vários potenciais benefícios para a nossa saúde. Devido a isso, são várias as associações internacionais que recomendam a ingestão diária destes alimentos.
Além de serem deliciosas, as leguminosas apresentam uma riqueza nutricional notável, estando o seu consumo associado a vários potenciais benefícios.
Recentemente foi publicado um artigo na revista científica Advances in Nutrition, no qual se procurou integrar todo o conhecimento existente acerca do papel das leguminosas no contexto das doenças cardiometabólicas. Os resultados obtidos revelaram que o consumo destas parece promover uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares (8%), doença coronária (10%), hipertensão (9%) e obesidade (13%). Contudo, não foi verificada nenhuma associação com outras doenças, tais como enfarte do miocárdio, AVC ou diabetes.
Este estudo reforça claramente a importância de se consumir regularmente leguminosas. Aliás, convém não esquecer que na versão atual da Roda dos Alimentos, estas aparecem como uma fatia independente, o que, por si só, significa que se deve ingerir leguminosas todos os dias (de preferência acima de 60g/dia). A forma mais simples de se atingir esta recomendação, é colocando leguminosas na sopa, ainda que também se possa usar como acompanhamento, ou mesmo como fonte de proteína. O importante é mesmo consumir este alimento tão interessante, pois dessa forma vamos estar a criar condições para que o nosso futuro seja mais saudável!
O consumo diário de leguminosas (acima de 60g/dia) parece diminuir o risco de várias doenças, nomeadamente doenças cardiovasculares, doença coronária, hipertensão e obesidade.
Referência do artigo: doi: https://doi.org/10.1093/advances/nmz113
Incluir leguminosas na alimentação é muito fácil! Veja aqui algumas receitas:
