As algas são um tipo de alimento cujo consumo não faz parte dos hábitos alimentares da maior parte dos Portugueses. No entanto, há muitos países nos quais o consumo de algas ocorre diariamente, como é o caso de vários países Asiáticos, com especial destaque para o Japão. Não há dúvida que as algas apresentam uma composição nutricional muito interessante, sendo uma excelente fonte de várias vitaminas, minerais (mais informações sobre as vitaminas e minerais neste post) e fibra (mais informações sobre a fibra neste post). Além disso, também é de salientar a sua riqueza em compostos bioativos, nomeadamente antioxidantes (mais informações sobre os antioxidantes neste post). O reconhecimento destas mais-valias nutricionais, bem como a globalização da gastronomia tem vindo a permitir, felizmente, uma maior utilização das algas como alimento, mesmo em países como Portugal.
Um dos principais problemas de saúde pública nos países desenvolvidos são as doenças cardiovasculares (mais informações sobre as doenças cardiovasculares neste post). Neste contexto, a adoção de hábitos alimentares adequados pode desempenhar um papel protetor muito significativo. Devido a isso, são muitos os estudos que procuram relacionar o consumo de determinados alimentos com uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares são um grave problema de saúde pública, que em parte pode ser prevenido adotando uma alimentação adequada.
Recentemente foi publicado um artigo na revista científica American Journal of Clinical Nutrition, que procurou determinar se existe alguma relação entre o consumo de algas e vários problemas de saúde graves, nomeadamente AVC e enfarte agudo do miocárdio. Foi observada uma relação inversa entre ambos os fatores, ou seja, o consumo de algas parece ter um papel protetor nos problemas de saúde analisados, quer em homens, quer em mulheres.
Este estudo vem revelar que há muitas formas de contribuir para um melhor estado de saúde. Uma delas passa seguramente por melhorar a alimentação, sendo que para tal podem ser adotadas diferentes estratégias. Uma delas passa claramente por diminuir o consumo de alimentos que se sabe que aumentam o risco de determinadas doenças. Mas há muitas outras estratégias que podem (e devem!) ser adotadas, tais como a inclusão de alimentos interessantes do ponto de vista nutricional, no padrão alimentar diário. E as algas entram claramente nesse lote de alimentos. No contexto cardiovascular, a riqueza das algas em fibra, potássio e antioxidantes parecem ser os principais fatores que podem ajudar a diminuir o risco das doenças estudadas. Como vê não faltam bons motivos para dar uma oportunidade às algas, e passar a consumi-las com maior frequência…
O consumo de algas parece reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
Referência do artigo: Am J Clin Nutr 2019;00:1–7