Nutrição geral

Alimentação saudável? O segredo (também) está nas quantidades!

Quando se fala em alimentação, há muitos aspetos que podem e devem ser valorizados. Obviamente que o que se come é algo fundamental, e por isso deve-se sempre tentar fazer as melhores escolhas alimentares. Mas além da qualidade alimentar, há outro aspeto que merece igualmente muita atenção: a quantidade do que se come!


Normalmente este aspeto tende a ser menos valorizado, e a prova disso mesmo é que quando alguém diz que tem uma alimentação saudável, baseia essa opinião essencialmente no tipo de alimentos que consome. É muito raro alguém dizer que tem uma alimentação saudável e equilibrada porque não exagera nas quantidades… E porque é que é tão importante ter em atenção o tamanho das doses de comida?


– Calorias – Quase todos os alimentos têm calorias. Como é óbvio, a quantidade de calorias que um alimento fornece depende das características desse alimento, mas também da quantidade que se consome. É muito frequente perguntarem-me se o alimento X engorda, ou se se pode comer o alimento Y quando se quer perder peso. Como o que interessa é o total de calorias que se ingere, o segredo vai estar, claramente, na quantidade…


– Baixa ingestão de outros alimentos – Quando se exagera na quantidade de um determinado alimento, isso significa que vai haver menos ingestão de outros alimentos. Por exemplo, se eu colocar um excesso de arroz no prato, muito provavelmente irei comer menos salada do que deveria. Ou seja, não estou apenas a cometer um exagero na ingestão de um alimento, estou também a comprometer a ingestão de outros alimentos.

 

Quando se exagera nas quantidades de determinados alimentos, corre-se o risco de se ingerir uma quantidade de calorias desadequada.

 


– Qualidade nutricional da alimentação – Todos sabemos que não existem alimentos perfeitos, e por isso nenhum consegue fornecer todos os nutrientes, nas quantidades adequadas. Devido a isso, o segredo para se ter uma alimentação saudável é variar. Se a gestão das quantidades não for efetuada de forma correta, podemos ter desequilíbrios nutricionais, quer por excesso, quer por defeito.


– Aumento do risco – Além de fornecerem nutrientes (mais informações sobre os nutrientes neste post), os alimentos contêm também substâncias potencialmente perigosas, nomeadamente os contaminantes (mais informações sobre os contaminantes alimentares neste post) e alguns aditivos (mais informações sobre os aditivos alimentares neste post). Se ocorrer uma ingestão exagerada de alguns alimentos, o risco associado ao seu consumo também é maior, porque a ingestão destas substâncias potencialmente perigosas também aumenta.


– Desequilíbrio entre refeições – Um dia alimentar tem normalmente 3-5 refeições, que ocorrem em períodos do dia mais ou menos bem definidos. Estas refeições têm diferentes contributos/papéis num padrão alimentar dito normal, pelo que se a quantidade ingerida numa delas for demasiado elevada, pode fazer com que se deixe de ter vontade de comer a refeição seguinte, desregulando a sequência normal das refeições nesse dia.

 

Uma má gestão das quantidades dos diferentes alimentos pode comprometer todo o dia nutricional, pois pode causar alterações significativas na saciedade.

 

Como pode verificar, são muitos os motivos para termos em atenção a quantidade dos alimentos que consumimos. Porque afinal, saber gerir as quantidades é indispensável para se ter uma alimentação adequada às nossas características

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