Os feijões pertencem à classe das leguminosas (mais informações sobre os feijões neste post). São, por isso, alimentos muito ricos do ponto de vista nutricional, não sendo de estranhar que o seu consumo esteja associado a vários potenciais benefícios (mais informações sobre os benefícios dos feijões neste post). No entanto, devido ao seu elevado teor de fibra alimentar, tendem a aumentar o risco de ocorrência de flatulência (“gases”), em particular nas pessoas que possuem um intestino mais vulnerável a esse macronutriente. Uma vez que os bebés, devido à sua imaturidade intestinal, são particularmente sensíveis a estímulos alimentares que podem provocar flatulência, é frequente ouvir-se dizer que se a mãe comer feijões enquanto ainda se encontra a amamentar, o bebé tende a ficar com gases. Será mito, ou será verdade?
Não há dúvida que o consumo de feijão pode provocar gases. No entanto, este efeito deve-se à fibra alimentar que contém (mais informações sobre a fibra alimentar neste post), que não é absorvida e por isso ao passar pelo intestino grosso vai sendo fermentada pelas bactérias intestinais (mais informações sobre as bactérias intestinais neste post). Consequentemente, liberta-se gás que se vai acumulando no intestino. Ou seja, como se trata de uma situação causada por um nutriente que nem sequer é absorvido, facilmente se percebe que o feijão que eventualmente possa ser consumido pela mãe não vai causar nenhum efeito intestinal no bebé, pois como a fibra não é absorvida, nunca iria aparecer no leite materno.
O aumento da flatulência associado ao consumo de feijões deve-se à fibra alimentar, que não sendo absorvida também não passa para o leite materno.
Portanto, o consumo de feijões durante a amamentação não tem qualquer efeito no funcionamento do intestino dos bebés, pelo que este não é claramente um motivo válido para se excluir este alimento tão nutritivo da alimentação.