A vitamina D é uma vitamina que desempenha várias funções muito importantes no nosso corpo (mais informações sobre a vitamina D neste post). Devido a isso, é fundamental garantir que a mesma se encontra dentro dos intervalos considerados normais, ou seja, que não esteja em defeito nem em excesso. Para isso, o melhor indicador dos níveis de vitamina D é a sua quantificação no sangue. Trata-se de uma análise comum, que já é frequentemente solicitada por muitos profissionais de saúde.
A falta de vitamina D é mais frequente em casos de uma alimentação pobre nessa vitamina e/ou em pessoas com baixa exposição solar. Além disso, há alguns grupos populacionais que apresentam um maior risco de carência de vitamina D. Por exemplo, crianças que estão a ser exclusivamente amamentadas (mais informações sobre o leite materno neste post) devem tomar um suplemento de vitamina D de forma a garantir níveis adequados da mesma. Os idosos, seja porque têm tendência a passar mais tempo longe da exposição solar, e também porque com o envelhecimento a nossa capacidade de produzir vitamina D diminui, são também um grupo de risco. Também as pessoas que têm uma exposição solar muito baixa, seja por motivos profissionais, seja por questões religiosas (principalmente no caso das mulheres), podem apresentar baixos níveis de vitamina D. A cor da pele é também um fator importante, pois quanto mais escura for, maior é a quantidade de melanina que contém, e, consequentemente, menor a capacidade de utilizar a radiação ultravioleta para produzir a vitamina D. Por último, pessoas com doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, doença celíaca, colite ulcerosa, …), que podem levar a uma má absorção dessa vitamina, também apresentam um risco elevado de carência da mesma.
A vitamina D pode ser obtida a partir da alimentação ou produzida no nosso corpo quando exposto à radiação solar.
Uma das principais consequências de carência de vitamina D é uma menor fixação de cálcio nos ossos (mais informações sobre o cálcio neste post). Quando esta situação acontece em crianças, designa-se raquitismo, e está associada a uma diminuição da densidade mineral óssea. Como consequência, os ossos perdem rigidez, tornando-se mais “maleáveis”. Se a situação não for revertida, as pernas tendem a ficar arqueadas devido ao peso do corpo. Em adultos, esta condição chama-se osteomalácia. Sabe-se também que um défice de vitamina D potencia o aparecimento de osteoporose, principalmente se for acompanhado de carências de cálcio (mais informações sobre a carência de cálcio neste post). Como consequência, os ossos tornam-se mais frágeis, aumentando o risco de fratura. Além disso, podem surgir dores nos ossos e nos músculos, falhas na contração muscular, fadiga, infeções recorrentes, alterações de humor, queda de cabelo e problemas na cicatrização.
Por outro lado, quando se consome um excesso de vitamina D também podem ocorrer consequência negativas, tais como perda de apetite e de peso, anorexia, boca seca, distúrbios intestinais, arritmias cardíacas, aumento dos níveis de cálcio no sangue, com consequente risco de calcificação dos tecidos e um potencial aumento do risco de alguns tipos de cancro. Este tipo de situações está quase exclusivamente associado a uma toma excessiva de suplementos com vitamina D.
A carência de vitamina D provoca raquitismo nas crianças e osteomalácia nos adultos.