As especiarias fazem parte das nossas tradições gastronómicas há muitos séculos. De uma maneira geral, estes ingredientes são muito nutritivos, ainda que a verdadeira razão para a sua utilização seja, sem, dúvida, o sabor que conferem às receitas. Falar em especiarias de uma forma generalista é sempre complicado, pois cada uma tem as suas características, o seu aroma, o seu sabor, a sua identidade… No duelo de hoje vou analisar duas especiarias muito utilizadas em Portugal: os cominhos e a noz moscada. Quem é que acha que vai vencer?
Que comece o combate…
Analisando a tabela verifica-se que os cominhos são menos calóricos, principalmente porque contêm menos gordura, com especial destaque para a gordura saturada. Além disso apresentam uma quantidade de proteína mais elevada. Por seu turno, a noz moscada possui menos hidratos de carbono e mais fibra. Em relação às vitaminas, o destaque vai para os cominhos, que apresentam teores mais elevados das vitaminas A, B1, B2, B3, B6, C e E, ao passo que os níveis de ácido fólico são superiores na noz moscada. Quanto aos minerais, os cominhos contêm mais sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, ferro e zinco.
Os cominhos são menos calóricos, pois possuem menos gordura. Além disso, apresentam uma composição em micronutrientes mais rica do que a noz moscada.
Concluindo, os cominhos são o grande vencedor deste duelo tão aromático! Em relação aos macronutrientes nenhuma das especiarias se destaca, mas além dos cominhos serem menos calóricos, a sua riqueza em vitaminas e em minerais é claramente superior. Obviamente que isto não significa que se deve usar sempre cominhos e nunca noz moscada, pois o principal fator que justifica a sua utilização não é a sua composição nutricional, mas sim o sabor que conferem ao resultado final. Até porque a quantidade que normalmente se utiliza é muito baixa, pelo que o impacto das mesmas na composição nutricional da receita tende a ser pouco significativo na maior parte das receitas.