As fisális são uma fruta intrigante… A planta que as produz é muito feia e desalinhada; e a fruta, enquanto o seu invólucro exterior não se abre, também não apresenta grande beleza. No entanto, quando este se abre a fisális transforma-se numa fruta com ar elegante e requintado, revelando uma baga alaranjada redonda no interior, que contrasta na perfeição com o invólucro castanho claro que a protege. A prova da beleza desta fruta é que a mesma é frequentemente utilizada para decorar receitas, principalmente receitas doces.
Esta fruta apresenta muitos nomes diferentes, como baga Azteca, baga Inca, tomate capucho, baga dourada, cereja Peruana, cereja de solo, Poha Poha, baga do Cabo, tomate morango ou cereja de inverno (entre tantos outros…). O nome fisális deriva da palavra “phusalis” do Grego Antigo, que significa bexiga, devido à semelhança desta com o invólucro da fruta.
As fisális são bagas alaranjadas que se encontram no interior de invólucros acastanhados.
Curiosamente, a família da planta da fisális está relacionada com outras plantas produtoras de alimentos bem conhecidos como o tomate, batata e beringela. O seu cultivo é pouco exigente, quer em relação às condições do solo, quer em relação ao clima. A origem das fisális remonta à América do Sul, nomeadamente à Colômbia, Ecuador, Peru e Chile. Nestes países esta planta cresce de forma selvagem. Posteriormente, o cultivo de fisális foi-se estendendo para a América Central, Índia, África (especialmente África do Sul), Austrália, Ásia e Europa.
O interior da fisális é, de certa forma, parecido com um tomate, apesar de ser mais carnudo e menos sumarento do que este. E o próprio sabor, apesar de mais fresco e suave, também tem parecenças com esse alimento. Não é muito doce nem muito intenso, apresentando também alguma acidez. Apesar do sabor discreto, apresenta uma composição nutricional muito interessante, não apenas em relação aos macronutrientes (mais informações sobre os macronutrientes neste post) e micronutrientes (mais informações sobre os micronutrientes neste post), mas também em relação aos compostos bioativos que possui, nomeadamente alguns antioxidantes (mais informações sobre os antioxidantes neste post). Devido a isso, são uma presença frequente em várias medicinas tradicionais, sendo utilizadas em contextos de febre, infeções, cancro, malária, reumatismo, asma, icterícia, hepatite, …
As fisális possuem uma composição nutricional muito interessante, pois além de serem ricas em várias vitaminas, também contêm vários antioxidantes.
O que é que se pode encontrar em 100g de fisális?
– 53 kcal
– 11,2g hidratos de carbono
– 1,9g proteína
– 0,7g gordura
– 18% da DDR (dose diária recomendada) de vitamina C
– 14% da DDR de vitamina A e vitamina B3
– 7% da DDR de vitamina B1
– 6% da DDR de ferro