O duelo de hoje é dedicado aos hortícolas. E apesar de toda a variedade de hortícolas que existe, há uma família que se destaca, pela quantidade de variedades diferentes que apresenta: as couves. Na realidade há uma variedade enorme de couves, que se distinguem quanto à cor, sabor, forma, tamanho, época de colheita, etc… Independentemente de toda esta diversidade, tendem a ser alimentos muito pouco calóricos, mas ao mesmo tempo apresentam uma riqueza nutricional invejável. Hoje estarão frente a frente a couve branca e a couve galega.
Que comece o combate…
Analisando a tabela verifica-se que a couve branca é ligeiramente menos calórica, mas a couve galega apresenta menos hidratos de carbono, mais proteína e mais fibra. Em relação às vitaminas, o teor de vitamina A, B1, B2, B3, ácido fólico e vitamina C é superior na couve galega. Quanto aos minerais, há mais potássio na couve branca, mas mais sódio, cálcio, ferro, zinco, fósforo e magnésio na couve galega.
A couve galega apresenta uma composição em macronutrientes mais interessante, e a sua riqueza vitamínica e mineral é significativamente superior à da couve branca.
Concluindo, o vencedor deste duelo é a couve galega. Apesar de ambas serem couves, há diferenças muito significativas entre as mesmas, sendo que, seja em relação aos macronutrientes, às vitaminas ou aos minerais, a couve galega acaba por se destacar. Olhando com mais detalhe para a composição nutricional desta, é de salientar a elevada quantidade de vitamina A, vitamina C e cálcio. Numa altura em que se fala tanto em “super-alimentos” (tal como já escrevi noutras ocasiões, não é um conceito que eu goste de utilizar), é pena ver que a atenção é dada quase exclusivamente a alimentos mais exóticos (que muitas vezes são incrivelmente nutritivos!) e que há alimentos tradicionais, que fazem parte da nossa cultura alimentar e agrícola, que são muito desvalorizados mas que, do ponto de vista nutricional, são igualmente fantásticos. A couve galega é um excelente exemplo dessa situação…
