Mito ou verdade

Mito ou Verdade: O vinho verde é feito com uvas pouco maduras

Há quem o adore, há quem o deteste, há até quem lhe chame o néctar dos deuses… Estou a falar do vinho! Esta bebida, obtida a partir da fermentação das uvas, tem um estatuto claramente diferente da maior parte das restantes bebidas, pois contém álcool, e, por isso, deve ser consumido com muita moderação. Além disso, quando bem escolhido, pode dar uma dimensão completamente diferente a uma determinada refeição. Quando se quer consumir um vinho, uma das primeiras dúvidas que muita gente tem é se a opção vai recair num vinho verde, ou num vinho maduro. Esta dúvida sugere que o grau de maturação das uvas é que determina a diferença entre os dois vinhos. Mas será mesmo assim?


Começando pelo início, convém referir que o vinho é produzido a partir da fermentação do açúcar existente nas uvas. Ou seja, para que a produção de vinho ocorra normalmente, as uvas devem ter um teor de açúcar adequado. Como as uvas pouco maduras ainda não apresentam uma grande quantidade de açúcar, facilmente se percebe que não seriam um bom ponto de partida para a obtenção de vinho. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, a diferença entre vinho verde e vinho maduro não está no grau de maturação das uvas, mas sim no local da sua produção. Na realidade, Vinho Verde é o nome de uma região vitivinícola portuguesa situada entre os rios Douro e Minho, tal como o são outras regiões: Dão, Alentejo ou Douro, por exemplo. Como a região de produção do vinho verde é caracterizada por paisagens muito verdejantes, adotou-se a palavra “verde” no seu nome. Por oposição, dá-se o nome de vinho maduro aos vinhos produzidos nas outras regiões vitivinícolas.


Portanto, quer o vinho verde, quer o vinho maduro, são produzidos a partir de uvas maduras. A diferença entre ambos está na região onde são produzidos, pelo que, para os conhecedores de vinho, não faz sentido perguntar se prefere vinho verde ou maduro, devendo especificar-se qual a proveniência do vinho maduro que se está a comparar.


Conclusão: MITO!

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