Quando se fala em consumo de carne (um assunto que tem estado em grande destaque nas últimas semanas), é vulgar fazer-se a divisão em carnes vermelhas e carnes brancas. Ou então, para quem gosta de especificar melhor o tipo de carne a que se está a referir, normalmente fala-se na proveniência, sendo que neste caso é costume referir-se 5 tipos principais: carne de vaca, de porco, de frango, de peru e de coelho. Obviamente que há muitos outros tipos de carne, mas o seu consumo tende a ser menos frequente por parte da maior parte das pessoas. No entanto, em determinadas alturas do ano, estes acabam por ganhar um grande protagonismo. É o que se passa na Páscoa, onde a carne de borrego (cordeiro jovem com menos de 1 ano) e de cabrito são iguarias obrigatórias na casa de muitos Portugueses. Neste duelo vão ser mesmo esses os tipos de carne comparados, mais concretamente, costeletas de borrego e costeletas de cabrito.
Que comece o combate…
Analisando a tabela verifica-se que a costeleta de cabrito é ligeiramente menos calórica, principalmente porque contém menos gordura do que a de borrego. Além disso, apresenta um teor mais elevado de proteína, e menos colesterol. Em relação aos micronutrientes, existe mais vitamina B2, B3 e ácido fólico na costeleta de cabrito, ao passo que a costeleta de borrego fornece mais vitamina B6. Do ponto de vista mineral, a quantidade de sódio, potássio, cálcio e zinco é superior na costeleta de cabrito, mas a costeleta de borrego possui mais ferro, fósforo e magnésio.
A costeleta de cabrito é menos calórica e possui uma composição mais interessante em macronutrientes e micronutrientes.
Portanto, considerando os dados apresentados percebe-se que a costeleta de cabrito é a vencedora deste duelo. Trata-se de uma vitória evidente, pois seja em relação aos macronutrientes, ou em relação às vitaminas e minerais, a riqueza nutricional desta é superior à da costeleta de borrego. Obviamente que isto não significa que se deve passar a comer apenas costeleta de cabrito, ou que esta carne é uma boa opção para ser consumida de forma regular, mas sim que quando colocadas lado-a-lado, acaba por ser uma opção mais interessante. De qualquer forma, a melhor regra é mesmo variar o tipo de carne que consome (se for esse o seu caso), sendo que além da escolha do animal de origem, deve ainda variar a parte do animal que escolhe, bem como o respetivo modo de confeção da carne! Dessa forma vai poder ter uma alimentação mais diversificada, mais equilibrada e, consequentemente, mais saudável!