Gelado de chocolate
Grávidas, crianças e adolescentes

Alimentação emocional… genética ou adquirida?

A alimentação é muito mais do que apenas satisfazer necessidades básicas de energia, maconutrimentos (mais informação sobre os macronutrimentos neste post) ou micronutrimentos (mais informações sobre micronutrimentos neste post). Na realidade a alimentação é algo que permite um bem-estar físico mas também psicológico, é algo que permite aproximar pessoas, enfim, é algo que nos define enquanto seres vivos com a sua própria identidade. Devido a isso, não é de estranhar que para muitos haja uma ligação muito forte entre a sua parte emocional e a alimentação…


Há pessoas que quando estão mais preocupadas, tristes, ansiosas ou stressadas, alteram de forma muito significativa as suas rotinas alimentares. Dessas, há quem coma menos do que o habitual, e há quem coma mais do que costuma comer. E neste último caso, se os alimentos escolhidos podem ser vários, normalmente há uma maior tendência para utilizar como alimentos de conforto alguns alimentos menos saudáveis (com o célebre chocolate no topo da lista, como é óbvio). Este lado emotivo da alimentação chama-se alimentação emocional e, como é óbvio, pode ter um impacto muito significativo na composição corporal de quem sofre desse problema. Apesar de ser uma realidade muito frequente, ainda se sabe muito pouco sobre o porquê de surgir a alimentação emocional, e que fatores é que podem aumentar o risco do aparecimento da mesma. Apesar de existirem outras perturbações alimentares que têm uma origem marcadamente genética, no caso da alimentação emocional essa relação não está estabelecida.

 

A alimentação emocional pode ser descrita como a relação entre o nosso estado emocional e as suas consequências ao nível das rotinas alimentares.

 


Recentemente foi publicado um estudo na revista Pediatric Obesity que procurou caracterizar quais os fatores envolvidos no aparecimento da alimentação emocional em crianças. Os resultados obtidos revelaram que este problema não parece ter uma origem genética. Ou seja, trata-se de algo que é adquirido, sendo que o ambiente que rodeia as crianças parece ser particularmente relevante a este nível. A falta de envolvimento dos pais na alimentação das crianças, e a forma como os mesmos lidam com essa tarefa parecem ser dois fatores importantes neste contexto.


Este estudo revela uma perspetiva muito curiosa, mas ainda pouco compreendida, sobre a forma como as crianças lidam com a alimentação. Mais ainda, revela que os pais podem ter uma influência direta na ligação que as crianças estabelecem com a comida. Ser pai/mãe é uma tarefa exigente, de grande responsabilidade, a todos os níveis! Tudo o que se faz ou diz é visto como um modelo para os filhos, e por vezes pequenos detalhes podem ter uma influência enorme no desenvolvimento das crianças. Promover um ambiente alimentar adequado, e uma relação equilibrada com os alimentos é fundamental não apenas para garantir um presente saudável para as crianças, mas acima de tudo para garantir um futuro saudável para as mesmas. Não nos podemos esquecer que é no presente que se constrói o futuro, e que a alimentação é um elemento fundamental para construir um futuro melhor

 

A alimentação emocional é adquirida, e depende de vários fatores, nomeadamente a falta de envolvimento dos pais na alimentação das crianças.

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