O ácido fólico é uma vitamina que se encontra amplamente distribuída em muitos alimentos diferentes, principalmente de origem vegetal, mas também de origem animal. Em média cerca de 85% do ácido fólico proveniente da alimentação está biodisponível, ou seja, é absorvido a nível intestinal e utilizado pelas células.
De uma maneira geral os alimentos de origem vegetal mais ricos em ácido fólico são os hortícolas com folhas verde escuro (brócolos, espinafres, agriões, couves de bruxelas, …), mas também os espargos, fruta, frutos oleaginosos (vulgarmente chamados de “frutos secos”), as leguminosas (em particular as ervilhas), e os cereais. Quanto às melhores fontes de ácido fólico de origem animal, há a destacar o marisco, ovos, leite e derivados, carne (vermelha e de aves) e fígado.
O ácido fólico pode ser obtido a partir de alimentos de origem vegetal ou animal, e está muito biodisponível nos mesmos.
Devido ao risco de defeitos no tubo neural associado à carência de ácido fólico, há vários países que adotaram medidas de suplementação/fortificação para esta vitamina, com o objetivo de prevenir o problema. No Brasil e nos Estados Unidos da América, por exemplo, as farinhas são enriquecidas com ácido fólico, de forma a que vários alimentos de consumo corrente como o pão, cereais, massa, e muitos outros alimentos que, naturalmente, não seriam uma boa fonte de ácido fólico, acabem por fornecer quantidades significativas dessa vitamina.
Além das fontes alimentares de ácido fólico (sejam fontes naturais ou fortificadas), também é possível ingerir quantidades adequadas da mesma através de suplementos alimentares. A minha opinião sobre os suplementos é clara (mais informações sobre esse assunto aqui)… Acredito no poder da alimentação e sempre que possível deve-se tentar obter todos os nutrimentos na quantidade adequada dessa forma. No entanto, quando tal não é possível, ou em casos específicos, a suplementação pode e deve ser considerada. Neste contexto, há a destacar a importância da suplementação com ácido fólico por parte de mulheres que pretendam engravidar, antes da gravidez e durante a gravidez. Existem muitos suplementos de ácido fólico, com quantidades muito variáveis. Além disso, há suplementos que contêm apenas ácido fólico e suplementos multivitamínicos nos quais além dessa vitamina estão presentes outras vitaminas. A utilização de qualquer um deste tipo de suplementos deve ser sempre efetuada sob aconselhamento de um nutricionista ou de outro profissional devidamente qualificado para o fazer.
Além das fontes alimentares naturais, também é possível obter ácido fólico a partir de alimentos fortificados ou de suplementos.
Por último, há vários medicamentos que podem interferir com a capacidade do nosso organismo absorver e/ou utilizar corretamente o ácido fólico, tais como os medicamentos utilizados para diminuir a acidez do estômago (antiácidos, inibidores da bomba de protões e bloqueadores da histamina H2). Também medicamentos utilizados para combater os enjoos (fenobarbital, primidona e carbamazepina) podem ter o mesmo tipo de consequências. Alguns anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e o naproxeno, podem fazer baixar os níveis de ácido fólico. Ou seja, se consumidos durante períodos prolongados, estes medicamentos podem promover carências de ácido fólico, pelo que é necessário estar atento a eventuais alterações que possam ocorrer.
