O chuchu é um fruto tropical (sim, é um fruto apesar de normalmente ser considerado um hortícola) que pertence à família do pepino, da abóbora e do melão. Apesar de ser vulgarmente conhecido como chuchu, há locais onde é conhecido por outros nomes, tais como pimpinela na Madeira e caiota ou machucho nos Açores. Tem normalmente uma forma semelhante a uma pera, com casca que pode apresentar uma coloração quase branca, amarela, ou em diferentes tons de verde. Esta casca pode ser lisa, rugosa ou apresentar pequenos picos. Apesar de externamente ter um aspeto robusto, o chuchu esconde um interior suave, muito rico em água, e com uma textura de certa forma crocante (eu diria que tem uma textura semelhante a uma combinação de batata com pepino). Possui um caroço central que apesar de ter uma dimensão considerável, não apresenta uma consistência rígida, havendo por isso pessoas que consomem o chuchu com o caroço (confesso que nunca experimentei manter o caroço, costumo sempre retirá-lo, mas é comestível).
A origem do chuchu é a América Central, tendo começado a ser cultivado intencionalmente no Peru, há cerca de 1500 anos. No entanto, foram encontradas sementes de chuchu em túmulos do Antigo Egito, o que sugere que esta planta estaria presente noutros locais, ou pelo menos na bacia do Mar Mediterrânico.
O chuchu é um fruto com forma de pera, com consistência crocante e sabor suave. Pode ter uma coloração esbranquiçada, amarela ou verde, e a casca pode ser lisa, rugosa ou com picos. É originário da América Central.
A sua planta é uma trepadeira, que cresce e se desenvolve melhor durante o tempo quente. De facto, durante a Primavera e principalmente o Verão a planta do chuchu tem um crescimento incrível, quase que se consegue notar diferença diária. A maturação da planta demora cerca de 3-4 meses (obviamente que este valor depende das condições climatéricas e do solo), e o chuchu desenvolve-se em cerca de 30 dias após a polinização, sendo que em condições ótimas uma única planta pode originar mais de 300 chuchus num ano!
O seu sabor é suave, o que faz com que seja simultaneamente um alimento que não desperte grandes paixões alimentares, mas ao mesmo tempo pode ser incluído em várias receitas sem alterar de forma significativa o sabor do resultado final. Mas do ponto de vista nutricional, esta adição de chuchu pode ter um impacto bem importante, pois trata-se de um alimento com um baixo teor de calorias mas que contém quantidades consideráveis de fibra, várias vitaminas e vários minerais. Além disso, possui também vários compostos bioativos com potenciais benefícios para a nossa saúde (sobre os benefícios do chuchu irei escrever brevemente).
A planta do chuchu é uma trepadeira que, quando em condições favoráveis, pode produzir uma quantidade enorme de chuchus num ano. Do ponto de vista nutricional, este fruto contém várias propriedades que o tornam um alimento interessante para ser incluído num padrão alimentar saudável.
O que é que se pode encontrar em 100g de chuchu?
– 19 kcal
– 4,5g hidratos de carbono
– 0,8g proteínas
– 0,1g lípidos
– 1,7g fibra
– 23% da DDR (dose diária recomendada) de ácido fólico
– 13% da DDR de vitamina C
– 9% da DDR de manganês
– 5% da DDR de zinco
Curiosidade 1: Sabia que as folhas da planta do chuchu são utilizadas em muitas medicinas tradicionais para preparar chá, que se acredita que pode ser benéfico no tratamento da aterosclerose, hipertensão e pedras nos rins?
Curiosidade 2: Sabia que toda a planta do chuchu é comestível, começando nas raízes, passando pelos caules, e terminando nas folhas e flores?
