Infelizmente já todos (ou quase todos) já conhecemos pessoas que ficaram ou estão acamadas. Seja devido a algum trauma, envelhecimento ou doença degenerativa, muitas vezes o destino prega-nos uma partida e obriga algumas pessoas a passarem o resto das suas vidas numa cama. Obviamente que do ponto de vista psicológico isto tem um impacto enorme, pois a pessoa passa a estar limitada na sua autonomia e, por isso, passa a depender de outros para realizar algumas, ou mesmo todas, as suas tarefas diárias. Além desse impacto psicológico, que é extremamente importante e nunca pode ser desvalorizado, estar acamado é também muitas vezes sinónimo de consequências físicas. As úlceras por pressão são possivelmente a consequência física mais frequente, e que, se não forem detetadas e tratadas a tempo, podem evoluir para feridas de muito difícil cicatrização, conhecidas como escaras.
As úlceras por pressão podem afetar de forma decisiva a qualidade de vida dos pacientes, por causa da dor, dos tratamentos diários, do risco de infeção, da necessidade de internamento ou mesmo de cirurgia… Além disso, estão também associadas a um maior risco de mortalidade. Portanto, tudo o que se possa fazer no sentido de prevenir ou de melhorar o prognóstico das úlceras por pressão pode, de facto, contribuir para melhorar a vida de quem sofre desse problema.
Do ponto de vista da prevenção, sabe-se que estados de desnutrição e de carência de nutrientes são fatores de risco muito importantes para o aparecimento de úlceras por pressão e défices de cicatrização. Portanto, deve sempre existir a preocupação de evitar défices na ingestão alimentar, sendo que a forma mais simples de avaliar se está a ocorrer algum tipo de défice é através do peso. Claro que essa não é a forma ideal, pois mesmo sem perder peso podem existir carências nutricionais importantes, sendo que o ideal é procurar um aconselhamento nutricional adequado.
Em relação à capacidade de cicatrização propriamente dita, obviamente que a alimentação também pode desempenhar um papel chave. Neste contexto, há vários fatores que devem ser analisados, para lá da energia (calorias), que tem um impacto direto no peso da pessoa. Sabe-se que a ingestão de proteína parece ser particularmente importante para estas pessoas. Esta situação pode ser mais relevante em casos de pessoas que se alimentam mal, pois nesses casos pode ser necessário desenvolver estratégias que permitam aumentar a quantidade de proteína ingerida. Adicionalmente, há um bloco de construção das proteínas (aminoácido) que parece ser especialmente importante no caso das úlceras por pressão. Estou a falar da arginina… Deve haver um cuidado especial em aumentar o consumo deste aminoácido, seja pela via alimentar ou então, se necessário, sob a forma de suplemento. Em relação às vitaminas, a A e a C também parecem ser muito importantes, não apenas para o processo de cicatrização, mas também para o funcionamento do sistema imunitário. Quanto aos minerais, há dois que têm merecido uma atenção particular: o cobre e o zinco. Ambos são muito importantes para a produção do tecido cicatricial, ou sejam, melhoram a capacidade regenerativa da pele. Por último, há algo que se sabe que é fundamental para manter a integridade da pele, a hidratação. Na realidade, a desidratação parece ser uma das principais causas de défice de cicatrização. Uma ingestão adequada de fluídos é fundamental para garantir um fluxo sanguíneo correto nas regiões com lesão que, por sua vez, é indispensável para o processo de cicatrização.
Resumindo, apesar de atualmente ainda não existirem recomendações nutricionais muito específicas e objetivas para prevenir e melhorar o prognóstico das úlceras por pressão, há algumas estratégias que podem e devem ser seguidas. Garantir um aporte adequado de calorias, proteína, arginina, vitamina A, vitamina C, cobre, zinco e água parecem ser fatores decisivos para melhorar a capacidade de lidar com as úlceras por pressão e, consequentemente, podem ter um impacto enorme na melhoria da qualidade de vida de quem lida com esse problema.
As úlceras por pressão podem afetar de forma decisiva a qualidade de vida dos pacientes, por causa da dor, dos tratamentos diários, do risco de infeção, da necessidade de internamento ou mesmo de cirurgia… Além disso, estão também associadas a um maior risco de mortalidade. Portanto, tudo o que se possa fazer no sentido de prevenir ou de melhorar o prognóstico das úlceras por pressão pode, de facto, contribuir para melhorar a vida de quem sofre desse problema.
Do ponto de vista da prevenção, sabe-se que estados de desnutrição e de carência de nutrientes são fatores de risco muito importantes para o aparecimento de úlceras por pressão e défices de cicatrização. Portanto, deve sempre existir a preocupação de evitar défices na ingestão alimentar, sendo que a forma mais simples de avaliar se está a ocorrer algum tipo de défice é através do peso. Claro que essa não é a forma ideal, pois mesmo sem perder peso podem existir carências nutricionais importantes, sendo que o ideal é procurar um aconselhamento nutricional adequado.
Em relação à capacidade de cicatrização propriamente dita, obviamente que a alimentação também pode desempenhar um papel chave. Neste contexto, há vários fatores que devem ser analisados, para lá da energia (calorias), que tem um impacto direto no peso da pessoa. Sabe-se que a ingestão de proteína parece ser particularmente importante para estas pessoas. Esta situação pode ser mais relevante em casos de pessoas que se alimentam mal, pois nesses casos pode ser necessário desenvolver estratégias que permitam aumentar a quantidade de proteína ingerida. Adicionalmente, há um bloco de construção das proteínas (aminoácido) que parece ser especialmente importante no caso das úlceras por pressão. Estou a falar da arginina… Deve haver um cuidado especial em aumentar o consumo deste aminoácido, seja pela via alimentar ou então, se necessário, sob a forma de suplemento. Em relação às vitaminas, a A e a C também parecem ser muito importantes, não apenas para o processo de cicatrização, mas também para o funcionamento do sistema imunitário. Quanto aos minerais, há dois que têm merecido uma atenção particular: o cobre e o zinco. Ambos são muito importantes para a produção do tecido cicatricial, ou sejam, melhoram a capacidade regenerativa da pele. Por último, há algo que se sabe que é fundamental para manter a integridade da pele, a hidratação. Na realidade, a desidratação parece ser uma das principais causas de défice de cicatrização. Uma ingestão adequada de fluídos é fundamental para garantir um fluxo sanguíneo correto nas regiões com lesão que, por sua vez, é indispensável para o processo de cicatrização.
Resumindo, apesar de atualmente ainda não existirem recomendações nutricionais muito específicas e objetivas para prevenir e melhorar o prognóstico das úlceras por pressão, há algumas estratégias que podem e devem ser seguidas. Garantir um aporte adequado de calorias, proteína, arginina, vitamina A, vitamina C, cobre, zinco e água parecem ser fatores decisivos para melhorar a capacidade de lidar com as úlceras por pressão e, consequentemente, podem ter um impacto enorme na melhoria da qualidade de vida de quem lida com esse problema.