Há uns meses dediquei uns posts aqui no blog a falar sobre um tema que me preocupa particularmente, e para o qual me parece que de uma maneira geral as pessoas não estão muito sensibilizadas: a utilização de plásticos em contacto com a comida! (pode ler os posts aqui e aqui). Tenho consciência que evitar a 100% os plásticos é uma tarefa (quase!) impossível, pois desde a produção, passando pela distribuição, armazenamento e confeção dos alimentos, o plástico está quase sempre presente… Obviamente que os plásticos não são todos iguais, e por isso há alguns mais perigosos do que outros, e há mesmo alguns que são considerados potencialmente inofensivos.
Há uns tempos atrás começou-se a falar bastante sobre um componente do plástico, chamado de bisfenol A (muitas vezes representado pela sigla BPA). Este componente estava amplamente distribuído pelos plásticos, nomeadamente os plásticos alimentares (mas não só estes…). Produtos como embalagens de comida, biberões, equipamentos médicos ou o revestimento interno das latas continham BPA, o que significa que quase toda a gente já esteve exposta ao mesmo. Infelizmente começou a perceber-se que o BPA não era inofensivo, aliás, começou a perceber-se que o BPA é bastante perigoso para a saúde humana! De uma maneira geral, pode afetar de forma significativa a produção e atuação de algumas hormonas, o que significa que pode ter efeitos importantes no metabolismo, tais como redução da fertilidade, puberdade precoce, aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do risco de doenças crónicas e até mesmo o aumento do risco de desenvolvimento de determinados cancros. Um dos efeitos que tem merecido mais atenção é o risco aumentado de obesidade e de resistência à insulina (fator iniciador da diabetes tipo 2).
Recentemente foi publicado um artigo na revista Pediatric Obesity no qual foi investigado o efeito que a exposição a BPA pode ter ao nível da resistência à insulina em crianças com obesidade. Foi observado um aumento do risco de desenvolver resistência à insulina nas crianças expostas ao BPA. Foi igualmente observado que essa exposição parecia alterar a produção de algumas hormonas por parte do tecido adiposo.
Este trabalho é apenas mais um que vem destacar os riscos “invisíveis” a que estamos sujeitos. Há alguns anos, a utilização do BPA estava completamente banalizada, e mesmo atualmente, com toda a informação disponível, ainda existe uma exposição considerável. Eu sei que não é realista querer que se desenvolva um produto e se faça estudos com ele que demorem 20, 30, 40 anos, para avaliar a sua segurança antes de o lançar para o mercado, mas também não tenho a menor dúvida de que há muitas “asneiras” ocultas no nosso dia-a-dia, e só daqui a vários anos, ou mesmo gerações, é que se vai perceber isso mesmo. E entretanto vamos pagando o preço do progresso… Neste estudo em particular, acho muito importante destacar que o mesmo foi realizado com crianças, ou seja, estamos a falar de um risco real que pode estar a ocorrer desde muito cedo. E o desenvolvimento de resistência à insulina pode ter consequências dramáticas. Somando isto tudo, surge a questão: “Mas então o que é que se deve fazer?”. Infelizmente não há uma resposta objetiva para essa pergunta, mas podemos proteger-nos tentando minimizar a exposição aos plásticos (sem radicalismos, apenas minimizar), variando o tipo de exposição e escolhendo produtos de qualidade, e que tenham as certificações adequadas para o fim que lhes vamos dar. Por exemplo, não é por um recipiente de plástico ser próprio para contactar com alimentos que o vamos congelar, ou aquecer no micro-ondas! Além disto tudo, podemos sempre tentar preparar melhor o nosso corpo para as “agressões” com que ele lida diariamente. Como? Essa pergunta é bem mais fácil de responder… comendo melhor! 😉
Há uns tempos atrás começou-se a falar bastante sobre um componente do plástico, chamado de bisfenol A (muitas vezes representado pela sigla BPA). Este componente estava amplamente distribuído pelos plásticos, nomeadamente os plásticos alimentares (mas não só estes…). Produtos como embalagens de comida, biberões, equipamentos médicos ou o revestimento interno das latas continham BPA, o que significa que quase toda a gente já esteve exposta ao mesmo. Infelizmente começou a perceber-se que o BPA não era inofensivo, aliás, começou a perceber-se que o BPA é bastante perigoso para a saúde humana! De uma maneira geral, pode afetar de forma significativa a produção e atuação de algumas hormonas, o que significa que pode ter efeitos importantes no metabolismo, tais como redução da fertilidade, puberdade precoce, aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento do risco de doenças crónicas e até mesmo o aumento do risco de desenvolvimento de determinados cancros. Um dos efeitos que tem merecido mais atenção é o risco aumentado de obesidade e de resistência à insulina (fator iniciador da diabetes tipo 2).
Recentemente foi publicado um artigo na revista Pediatric Obesity no qual foi investigado o efeito que a exposição a BPA pode ter ao nível da resistência à insulina em crianças com obesidade. Foi observado um aumento do risco de desenvolver resistência à insulina nas crianças expostas ao BPA. Foi igualmente observado que essa exposição parecia alterar a produção de algumas hormonas por parte do tecido adiposo.
Este trabalho é apenas mais um que vem destacar os riscos “invisíveis” a que estamos sujeitos. Há alguns anos, a utilização do BPA estava completamente banalizada, e mesmo atualmente, com toda a informação disponível, ainda existe uma exposição considerável. Eu sei que não é realista querer que se desenvolva um produto e se faça estudos com ele que demorem 20, 30, 40 anos, para avaliar a sua segurança antes de o lançar para o mercado, mas também não tenho a menor dúvida de que há muitas “asneiras” ocultas no nosso dia-a-dia, e só daqui a vários anos, ou mesmo gerações, é que se vai perceber isso mesmo. E entretanto vamos pagando o preço do progresso… Neste estudo em particular, acho muito importante destacar que o mesmo foi realizado com crianças, ou seja, estamos a falar de um risco real que pode estar a ocorrer desde muito cedo. E o desenvolvimento de resistência à insulina pode ter consequências dramáticas. Somando isto tudo, surge a questão: “Mas então o que é que se deve fazer?”. Infelizmente não há uma resposta objetiva para essa pergunta, mas podemos proteger-nos tentando minimizar a exposição aos plásticos (sem radicalismos, apenas minimizar), variando o tipo de exposição e escolhendo produtos de qualidade, e que tenham as certificações adequadas para o fim que lhes vamos dar. Por exemplo, não é por um recipiente de plástico ser próprio para contactar com alimentos que o vamos congelar, ou aquecer no micro-ondas! Além disto tudo, podemos sempre tentar preparar melhor o nosso corpo para as “agressões” com que ele lida diariamente. Como? Essa pergunta é bem mais fácil de responder… comendo melhor! 😉