A depressão é uma doença que tem um impacto real na sociedade que é muito difícil de quantificar! Segundo a Organização Mundial de Saúde, espera-se que em 2020 seja a segunda maior causa de incapacidade prolongada. Tratando-se de uma doença mental, a depressão está normalmente envolvida em grandes controvérsias, pois por vezes pode ser difícil fazer a separação entre uma depressão real, e um “aproveitamento” da situação. No entanto, tenho plena consciência de que a depressão é uma doença com fortes implicações para quem, infelizmente, sofre da mesma.
Mas então o que é a depressão? Dito de uma forma simples, a depressão é uma doença que afeta a forma como as nossas células do cérebro comunicam umas com as outras. Consequentemente, pode ter consequências a nível mental, físico e emocional. Mas infelizmente as más notícias não acabam aqui… Sabia que tem vindo a perceber-se que a depressão é um fator de risco para muitas outras doenças, tais como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, epilepsia, AVC, doença de Alzheimer, e até mesmo alguns tipos de cancro? Por outro lado, fatores como a obesidade, são, igualmente, fatores de risco para se sofrer de depressão. Juntando tudo isto, consegue perceber-se que a depressão pode estar fortemente relacionada com a alimentação. E se juntarmos a isto a microbiota intestinal (mais informações sobre amicrobiota neste post), então temos reunidos vários aspetos comportamentais (e modificáveis!) que podem ajudar não só a perceber melhor a depressão, mas também a preveni-la e lidar melhor com a mesma… Quanto à relação da depressão com a microbiota intestinal, apesar de ser uma área de estudo relativamente recente, há já vários dados que apontam para melhorias no estado psicológico após consumo de prebióticos e/ou probióticos.
São vários os estudos que têm vindo a revelar que padrões alimentar menos saudáveis (mais ocidentalizados) aumentam o risco de depressão. Neste contexto, o consumo de refrigerantes, alimentos refinados, fritos, carnes processadas e alimentos ricos em gordura (nomeadamente bolachas e produtos de pastelaria) podem ser importantes fatores que contribuem para essa associação. Por outro lado, o consumo de fruta, hortícolas, azeite, frutos secos, laticínios e peixe parecem ter o efeito contrário. Outro aspeto que tem merecido a atenção por parte dos investigadores é a relação entre o consumo de diferentes tipos de hidratos de carbono e a depressão. De uma maneira geral, alimentos com hidratos de carbono mais simples (os chamados “açúcares”) parecem aumentar o risco de aparecimento da doença. Por outro lado, o consumo de alimentos ricos em fibra, e de lactose, parecem diminuir esse risco. Convém também não esquecer que a aparência física e, em particular, o peso, estão muitas vezes intimamente relacionados com a depressão, pois podem originar baixa auto-estima. Neste contexto, manter um peso adequado pode ser um fator decisivo para evitara depressão.
Do ponto de vista nutricional, tem vindo a ser revelado o papel de alguns nutrientes específicos na depressão. De uma maneira geral, o consumo adequado de magnésio, cálcio, ferro e zinco parece diminuir o aparecimento da doença, e dos seus sintomas. Também o consumo de gordura insaturada, em particular dos chamados ácidos gordos ómega-3, ou n-3, têm sido associados a um menor risco de depressão, ainda que neste caso os dados atuais sejam ainda insuficientes. O crómio é um mineral que está relacionado no metabolismo dos hidratos de carbono e, consequentemente, poderá ter um papel importante na depressão. O consumo de quantidades adequadas de cálcio, assim como vitamina D, tem também sido sugerido como um elemento importante para prevenir casos de depressão. O consumo de antioxidantes, nos quais se inclui a vitamina C, bem como outros compostos bioativos, parecem ser importantes aliados nalguns contextos de depressão.
Independentemente de todos estes fatores nutricionais, gostaria de terminar destacando que com base nas evidências científicas atuais não existem (ainda) recomendações nutricionais concretas e globais para a prevenção e/ou tratamento da depressão. Claro que com isto não quero dizer que a alimentação não é importante, e que não tem um papel importante neste contexto. Ter uma alimentação equilibrada, diversificada e rica do ponto de vista nutricional parece-me um comportamento que deve ser assumido como indispensável para preservar a saúde do nosso corpo, incluindo a saúde mental!
Mas então o que é a depressão? Dito de uma forma simples, a depressão é uma doença que afeta a forma como as nossas células do cérebro comunicam umas com as outras. Consequentemente, pode ter consequências a nível mental, físico e emocional. Mas infelizmente as más notícias não acabam aqui… Sabia que tem vindo a perceber-se que a depressão é um fator de risco para muitas outras doenças, tais como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, epilepsia, AVC, doença de Alzheimer, e até mesmo alguns tipos de cancro? Por outro lado, fatores como a obesidade, são, igualmente, fatores de risco para se sofrer de depressão. Juntando tudo isto, consegue perceber-se que a depressão pode estar fortemente relacionada com a alimentação. E se juntarmos a isto a microbiota intestinal (mais informações sobre amicrobiota neste post), então temos reunidos vários aspetos comportamentais (e modificáveis!) que podem ajudar não só a perceber melhor a depressão, mas também a preveni-la e lidar melhor com a mesma… Quanto à relação da depressão com a microbiota intestinal, apesar de ser uma área de estudo relativamente recente, há já vários dados que apontam para melhorias no estado psicológico após consumo de prebióticos e/ou probióticos.
São vários os estudos que têm vindo a revelar que padrões alimentar menos saudáveis (mais ocidentalizados) aumentam o risco de depressão. Neste contexto, o consumo de refrigerantes, alimentos refinados, fritos, carnes processadas e alimentos ricos em gordura (nomeadamente bolachas e produtos de pastelaria) podem ser importantes fatores que contribuem para essa associação. Por outro lado, o consumo de fruta, hortícolas, azeite, frutos secos, laticínios e peixe parecem ter o efeito contrário. Outro aspeto que tem merecido a atenção por parte dos investigadores é a relação entre o consumo de diferentes tipos de hidratos de carbono e a depressão. De uma maneira geral, alimentos com hidratos de carbono mais simples (os chamados “açúcares”) parecem aumentar o risco de aparecimento da doença. Por outro lado, o consumo de alimentos ricos em fibra, e de lactose, parecem diminuir esse risco. Convém também não esquecer que a aparência física e, em particular, o peso, estão muitas vezes intimamente relacionados com a depressão, pois podem originar baixa auto-estima. Neste contexto, manter um peso adequado pode ser um fator decisivo para evitara depressão.
Do ponto de vista nutricional, tem vindo a ser revelado o papel de alguns nutrientes específicos na depressão. De uma maneira geral, o consumo adequado de magnésio, cálcio, ferro e zinco parece diminuir o aparecimento da doença, e dos seus sintomas. Também o consumo de gordura insaturada, em particular dos chamados ácidos gordos ómega-3, ou n-3, têm sido associados a um menor risco de depressão, ainda que neste caso os dados atuais sejam ainda insuficientes. O crómio é um mineral que está relacionado no metabolismo dos hidratos de carbono e, consequentemente, poderá ter um papel importante na depressão. O consumo de quantidades adequadas de cálcio, assim como vitamina D, tem também sido sugerido como um elemento importante para prevenir casos de depressão. O consumo de antioxidantes, nos quais se inclui a vitamina C, bem como outros compostos bioativos, parecem ser importantes aliados nalguns contextos de depressão.
Independentemente de todos estes fatores nutricionais, gostaria de terminar destacando que com base nas evidências científicas atuais não existem (ainda) recomendações nutricionais concretas e globais para a prevenção e/ou tratamento da depressão. Claro que com isto não quero dizer que a alimentação não é importante, e que não tem um papel importante neste contexto. Ter uma alimentação equilibrada, diversificada e rica do ponto de vista nutricional parece-me um comportamento que deve ser assumido como indispensável para preservar a saúde do nosso corpo, incluindo a saúde mental!