As doenças cardiovasculares são um conjunto de doenças que, infelizmente pelas piores razões, dispensa apresentações. São de longe a principal causa de morte nos países desenvolvidos, sendo que são muitas as razões que podem ser apontadas como justificação para essa situação. Algumas dessas razões estão claramente relacionadas com a alimentação. Por exemplo, sabe-se que um consumo excessivo de sal aumenta o risco de aparecimento de hipertensão arterial, o que, por sua vez, aumenta o risco de doenças cardiovasculares (mais informação neste post). Também o consumo excessivo de gorduras saturadas, bem como de açúcares simples, parece ter um impacto negativo ao nível da saúde cardiovascular. E poderia continuar a enumerar mais uma série de fatores alimentares que, de forma direta ou indireta, podem aumentar o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares, sendo que de uma forma geral estes estão relacionados com um aumento pressão arterial e/ou do chamado “mau colesterol” (mais informações sobre este assunto aqui).
O leite e derivados são uma classe de alimentos que têm vindo a ser envolvidos em grandes discussões e polémicas acerca dos potenciais riscos e/ou benefícios relacionados com o seu consumo. Apesar deste post não ser sobre se se pode ou não consumir laticínios, gostaria de deixar clara a minha opinião sobre o assunto: até prova em contrário, são muito mais os argumentos que justificam o consumo dos mesmos, do que os que revelam que não se deve consumir leite e derivados. Ou seja, eu sou um defensor dos produtos lácteos! Mas voltando às doenças cardiovasculares, nos últimos tempos tem-se discutido se o processamento térmico a que o leite está sujeito (e que é representado pela sigla UHT) pode alterar de forma significativa a sua composição/benefícios nutricionais. Obviamente que sendo um tratamento realizado a temperaturas elevadas, está associado a perdas nutricionais. No entanto, na maior parte dos casos o que se ganha em termos de segurança alimentar parece superar o que se perde do ponto de vista nutricional (atenção que mesmo após o tratamento térmico o leite continua a ser um alimento extremamente nutritivo!). Do ponto de vista de impacto para a saúde, há ainda quem defenda que este tipo de tratamentos pode aumentar o risco de aparecimento de algumas doenças.
Recentemente foi divulgado um estudo na revista European Journal of Clinical Nutrition no qual foi avaliado se o tratamento térmico do leite poderia aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Os resultados foram claros, não tendo sido observada nenhuma associação entre as variáveis do estudo.
Confesso que os resultados obtidos não me surpreenderam. Apesar do tratamento do leite ser efetuado a elevada temperatura, trata-se de um tratamento de curta duração, o que reduz significativamente o impacto que a temperatura pode ter ao nível de alterações na composição do leite. Portanto, assumindo como válidos os resultados obtidos neste estudo, o argumento de que não se deve beber leite porque é UHT não deve, ma minha opinião, ser utilizado. Uma coisa é alguém ser intolerante ao leite, ou não gostar do mesmo, e nesses casos parece-me perfeitamente lógico que a pessoa não o consuma. Apesar de ser um alimento muito interessante do ponto de vista nutricional e económico, é possível ter-se uma alimentação saudável sem consumir laticínios. Outra coisa é alguém deixar de beber leite apenas por uma questão de “moda”. Nesse caso não me parece a melhor opção, se gosta de leite, e se não é intolerante ao mesmo, pode e deve inclui-lo na sua alimentação!
O leite e derivados são uma classe de alimentos que têm vindo a ser envolvidos em grandes discussões e polémicas acerca dos potenciais riscos e/ou benefícios relacionados com o seu consumo. Apesar deste post não ser sobre se se pode ou não consumir laticínios, gostaria de deixar clara a minha opinião sobre o assunto: até prova em contrário, são muito mais os argumentos que justificam o consumo dos mesmos, do que os que revelam que não se deve consumir leite e derivados. Ou seja, eu sou um defensor dos produtos lácteos! Mas voltando às doenças cardiovasculares, nos últimos tempos tem-se discutido se o processamento térmico a que o leite está sujeito (e que é representado pela sigla UHT) pode alterar de forma significativa a sua composição/benefícios nutricionais. Obviamente que sendo um tratamento realizado a temperaturas elevadas, está associado a perdas nutricionais. No entanto, na maior parte dos casos o que se ganha em termos de segurança alimentar parece superar o que se perde do ponto de vista nutricional (atenção que mesmo após o tratamento térmico o leite continua a ser um alimento extremamente nutritivo!). Do ponto de vista de impacto para a saúde, há ainda quem defenda que este tipo de tratamentos pode aumentar o risco de aparecimento de algumas doenças.
Recentemente foi divulgado um estudo na revista European Journal of Clinical Nutrition no qual foi avaliado se o tratamento térmico do leite poderia aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Os resultados foram claros, não tendo sido observada nenhuma associação entre as variáveis do estudo.
Confesso que os resultados obtidos não me surpreenderam. Apesar do tratamento do leite ser efetuado a elevada temperatura, trata-se de um tratamento de curta duração, o que reduz significativamente o impacto que a temperatura pode ter ao nível de alterações na composição do leite. Portanto, assumindo como válidos os resultados obtidos neste estudo, o argumento de que não se deve beber leite porque é UHT não deve, ma minha opinião, ser utilizado. Uma coisa é alguém ser intolerante ao leite, ou não gostar do mesmo, e nesses casos parece-me perfeitamente lógico que a pessoa não o consuma. Apesar de ser um alimento muito interessante do ponto de vista nutricional e económico, é possível ter-se uma alimentação saudável sem consumir laticínios. Outra coisa é alguém deixar de beber leite apenas por uma questão de “moda”. Nesse caso não me parece a melhor opção, se gosta de leite, e se não é intolerante ao mesmo, pode e deve inclui-lo na sua alimentação!