Se há uma doença que é assustadora, não só pelas consequências que pode trazer para quem lida com ela, mas também por causa dos números que não param de aumentar, é o cancro! Atualmente o cancro é já responsável por uma percentagem muito elevada de mortes, sendo que as estimativas são para que em 2035 esse valor aumente mais do que 50%. Ou seja, dito de uma forma simples, trata-se de um gravíssimo problema de saúde pública que está longe de ser controlado. São muitos os fatores que contribuem para esta falta de controlo, sendo que na sua maioria baseiam-se em hábitos comportamentais, ou seja, são variáveis que estão ao alcance de cada um de nós mudar! Obviamente que um desses fatores, para a maioria dos cancros, é a alimentação…
O cancro do intestino é atualmente um dos cancros mais frequentes em todo o mundo. De entre os fatores de risco que aumentam de forma significativa a probabilidade de se vir a sofrer desta doença, pode destacar-se a alimentação e a obesidade (sim, a obesidade é um fator de risco para pelo menos 12 cancros diferentes, incluindo o do intestino). E quando se fala em obesidade, fala-se também de um problema de saúde pública que afeta muita gente e que está longe de estar controlado. Coincidências? Não me parece! Na realidade, o padrão da evolução da obesidade e de alguns tipos de cancro é em parte sobreponível, pois na realidade ambos os problemas podem estar relacionados… Neste contexto, sabe-se por exemplo que a realização de cirurgia bariátrica (cirurgia para perder peso) pode diminuir de forma significativa o risco de se vir a sofrer de cancro do intestino. Como se trata de um efeito a longo prazo, o impacto que a perda de peso (por métodos não cirúrgicos) pode ter ao nível do risco de se ter cancro do intestino não é tão fácil de estudar, pois infelizmente numa percentagem considerável de casos a perda de peso pode não ser mantida de forma permanente.
Recentemente foi publicado um artigo na revista Obesity que procurou analisar este assunto, não ao nível do risco real de se vir a ter cancro do intestino, mas sim ao nível da presença de biomarcadores intestinais que possam de alguma forma sugerir um maior potencial de vir a sofrer desse tipo de doença. Foi observado que a perda de peso parece alterar as células intestinais, no sentido de haver uma menor produção de biomarcadores do cancro do intestino.
Este estudo é mais um que ilustra que a alimentação é, possivelmente, o principal fator de risco modificável que pode aumentar (ou diminuir!) o risco de se vir a ter cancro, para vários tipo de cancro. Trata-se de um assunto extremamente difícil de analisar, pois são muitas as características da alimentação que podem interferir no aparecimento e desenvolvimento do cancro. E se normalmente temos tendência a olhar para os antioxidantes, para os açúcares refinados, para a gordura ou para a fibra, não deixa de ser surpreendente que a parte energética (calórica) da alimentação pode ser igualmente importante. Se o efeito observado é um efeito direto sobre as células intestinais, ou se ocorre indiretamente através de alterações noutras células, não se sabe, mas independentemente disso uma coisa é certa: manter um peso adequado diminui o risco de aparecimento de várias doenças, entre as quais o cancro do intestino!
O cancro do intestino é atualmente um dos cancros mais frequentes em todo o mundo. De entre os fatores de risco que aumentam de forma significativa a probabilidade de se vir a sofrer desta doença, pode destacar-se a alimentação e a obesidade (sim, a obesidade é um fator de risco para pelo menos 12 cancros diferentes, incluindo o do intestino). E quando se fala em obesidade, fala-se também de um problema de saúde pública que afeta muita gente e que está longe de estar controlado. Coincidências? Não me parece! Na realidade, o padrão da evolução da obesidade e de alguns tipos de cancro é em parte sobreponível, pois na realidade ambos os problemas podem estar relacionados… Neste contexto, sabe-se por exemplo que a realização de cirurgia bariátrica (cirurgia para perder peso) pode diminuir de forma significativa o risco de se vir a sofrer de cancro do intestino. Como se trata de um efeito a longo prazo, o impacto que a perda de peso (por métodos não cirúrgicos) pode ter ao nível do risco de se ter cancro do intestino não é tão fácil de estudar, pois infelizmente numa percentagem considerável de casos a perda de peso pode não ser mantida de forma permanente.
Recentemente foi publicado um artigo na revista Obesity que procurou analisar este assunto, não ao nível do risco real de se vir a ter cancro do intestino, mas sim ao nível da presença de biomarcadores intestinais que possam de alguma forma sugerir um maior potencial de vir a sofrer desse tipo de doença. Foi observado que a perda de peso parece alterar as células intestinais, no sentido de haver uma menor produção de biomarcadores do cancro do intestino.
Este estudo é mais um que ilustra que a alimentação é, possivelmente, o principal fator de risco modificável que pode aumentar (ou diminuir!) o risco de se vir a ter cancro, para vários tipo de cancro. Trata-se de um assunto extremamente difícil de analisar, pois são muitas as características da alimentação que podem interferir no aparecimento e desenvolvimento do cancro. E se normalmente temos tendência a olhar para os antioxidantes, para os açúcares refinados, para a gordura ou para a fibra, não deixa de ser surpreendente que a parte energética (calórica) da alimentação pode ser igualmente importante. Se o efeito observado é um efeito direto sobre as células intestinais, ou se ocorre indiretamente através de alterações noutras células, não se sabe, mas independentemente disso uma coisa é certa: manter um peso adequado diminui o risco de aparecimento de várias doenças, entre as quais o cancro do intestino!