Há muito que se reconhece o papel que os níveis de gordura no sangue podem ter ao nível do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Quando falo em gordura no sangue estou a falar naquilo a que vulgarmente se chamam os “triglicéridos” ou “triglicerídeos” (VLDL), o “mau colesterol” (LDL) e o “bom colesterol” (HDL). Na realidade, as VLDL, LDL e HDL não são formadas apenas por gordura, pois também contêm proteínas, sendo por isso classificadas como lipoproteínas. Além dessas, existe um quarto tipo de lipoproteínas, designado de quilomícrons, cuja produção se relaciona diretamente com a gordura que ingerimos nos alimentos. Evidências recentes têm vindo a sugerir que estas quilomícrons poderão ser importantes para o aparecimento e desenvolvimento de aterosclerose. A confirmar-se, e uma vez que se tratam de lipoproteínas diretamente relacionadas com aquilo que comemos, poderá tratar-se de mais uma relação importante entre a alimentação e as doenças cardiovasculares.
Sabe-se que há vários fatores que podem influenciar o aparecimento da gordura da alimentação no sangue, nomeadamente o tipo de gordura ingerida (gordura saturada, insaturada, de cadeia longa, de cadeia média, etc.), a ingestão de hidratos de carbono e a ingestão de proteínas. Além disso, a textura dos alimentos, a distribuição da gordura nos mesmos, a presença de fibra, a presença de alguns minerais, entre outros podem também condicionar a distribuição de gordura no sangue. Estas variáveis podem atuar em pontos diferentes do processo, desde a digestão, passando pela absorção intestinal ou mesmo a utilização de gordura por parte das células.
Recentemente foi publicado um estudo muito interessante no qual foi avaliado o impacto que a textura dos queijos, em comparação com a manteiga, pode ter ao nível do aparecimento da gordura no sangue, em indivíduos saudáveis. Foram analisados diferentes tipos de queijo, nomeadamente queijo sólido (cheddar) e queijo de barrar. Globalmente foi observado que o padrão de gordura no sangue dos participantes, 4h após a ingestão dos diferentes alimentos era semelhante. No entanto, quando se analisou o que aconteceu num período de tempo mais curto (2h), foi observado que os níveis de gordura no sangue eram mais elevados nos participantes que consumiram o queijo creme. Não foram observadas diferenças significativas entre o queijo cheddar e a manteiga.
Na minha opinião este estudo é muito interessante devido a vários fatores. Em primeiro lugar, a análise do aparecimento de gordura no sangue é um assunto ainda pouco estudado, ao contrário do que acontece, por exemplo, com os níveis de açúcar. E trata-se de um assunto muito relevante no contexto das doenças cardiovasculares (e não só!)… Em segundo lugar, porque revela algo importante e que eu digo muitas vezes. Apesar de a leitura dos rótulos ser algo muito importante, ou seja, é fundamental saber as quantidades dos nutrientes que comemos, há muito mais que se deve saber acerca da alimentação. A influência que a composição e textura dos alimentos têm ao nível da utilização dos diferentes nutrientes é igualmente importante e deve, sempre que possível, ser considerada quando se pretende ajustar a alimentação às características individuais de cada um.
Sabe-se que há vários fatores que podem influenciar o aparecimento da gordura da alimentação no sangue, nomeadamente o tipo de gordura ingerida (gordura saturada, insaturada, de cadeia longa, de cadeia média, etc.), a ingestão de hidratos de carbono e a ingestão de proteínas. Além disso, a textura dos alimentos, a distribuição da gordura nos mesmos, a presença de fibra, a presença de alguns minerais, entre outros podem também condicionar a distribuição de gordura no sangue. Estas variáveis podem atuar em pontos diferentes do processo, desde a digestão, passando pela absorção intestinal ou mesmo a utilização de gordura por parte das células.
Recentemente foi publicado um estudo muito interessante no qual foi avaliado o impacto que a textura dos queijos, em comparação com a manteiga, pode ter ao nível do aparecimento da gordura no sangue, em indivíduos saudáveis. Foram analisados diferentes tipos de queijo, nomeadamente queijo sólido (cheddar) e queijo de barrar. Globalmente foi observado que o padrão de gordura no sangue dos participantes, 4h após a ingestão dos diferentes alimentos era semelhante. No entanto, quando se analisou o que aconteceu num período de tempo mais curto (2h), foi observado que os níveis de gordura no sangue eram mais elevados nos participantes que consumiram o queijo creme. Não foram observadas diferenças significativas entre o queijo cheddar e a manteiga.
Na minha opinião este estudo é muito interessante devido a vários fatores. Em primeiro lugar, a análise do aparecimento de gordura no sangue é um assunto ainda pouco estudado, ao contrário do que acontece, por exemplo, com os níveis de açúcar. E trata-se de um assunto muito relevante no contexto das doenças cardiovasculares (e não só!)… Em segundo lugar, porque revela algo importante e que eu digo muitas vezes. Apesar de a leitura dos rótulos ser algo muito importante, ou seja, é fundamental saber as quantidades dos nutrientes que comemos, há muito mais que se deve saber acerca da alimentação. A influência que a composição e textura dos alimentos têm ao nível da utilização dos diferentes nutrientes é igualmente importante e deve, sempre que possível, ser considerada quando se pretende ajustar a alimentação às características individuais de cada um.