Se há uma altura na vida onde a exposição ao meio externo é particularmente importante, é durante desenvolvimento embrionário. Na realidade, os cerca de 9 meses (mais semana, menos semana) que o feto passa no útero de mãe são um período onde as mudanças ocorrem a uma velocidade incrível, e onde qualquer fator externo pode influenciar essas mudanças. Isto significa, por exemplo, que a alimentação da mãe tem potencial de influenciar o desenvolvimento do filho. Mas a história não fica por aqui, pois cada vez há mais evidências que demonstram que a alimentação da mãe influencia também características que se manifestam mais tardiamente no filho como, por exemplo, o risco de doenças cardiovasculares. Chama-se a isto “programação metabólica”…
Quando se fala na relação entre a alimentação e as doenças cardiovasculares, há um assunto que é muito falado (merecidamente!): a alimentação Mediterrânica. Este padrão alimentar, que é característico dos países banhados pelo mar Mediterrâneo, caracteriza-se por escolhas alimentares mais saudáveis, e por um estilo de vida mais ativo e promotor de bem-estar. Alguns alimentos que têm um destaque especial na alimentação Mediterrânica são o azeite, os cereais integrais, os hortícolas, a fruta, as leguminosas, os frutos secos e o peixe. Globalmente esta alimentação está relacionada com um maior consumo de gordura insaturada e antioxidantes, e são estes compostos que conferem maior protecção contra as doenças cardiovasculares, diabetes, doenças inflamatórias, obesidade, etc. Mais concretamente em grávidas, tem vindo a ser demonstrado que uma maior adesão ao padrão alimentar Mediterrânico se relaciona com uma diminuição do risco de partos prematuros e de peso elevado à nascença.
Recentemente foi divulgado um estudo no qual se procurou perceber se a alimentação Mediterrânica em grávidas tem influência na obesidade e risco cardiovascular dos filhos. Este estudo contou com a participação de mais de 1500 mulheres. Foi observado que os filhos das grávidas que seguiram esse padrão alimentar no início da gravidez apresentavam menos massa gorda e menor pressão arterial durante a infância.
Este trabalhou revelou algo para o qual nem sempre as pessoas estão muito alerta. Muitas das doenças que nós associamos à velhice, começam a ser causadas durante o início da vida. O problema é que se tratam de doenças de progressão lenta e as manifestações das mesmas demoram muitos anos a ocorrerem. Talvez por causa disso, se desvalorize (e se desculpe!) muitas asneiras alimentares na infância. Achar que as crianças podem comer tudo o que querem, sem grandes regras, porque “quando se é novo, o corpo aguenta quase tudo” não poderia ser mais errado. E conforme ilustrado neste trabalho, esta ideia pode e deve ser aplicada ainda durante a gravidez. A grávida deve ter uma alimentação saudável, equilibrada, e ajustada a essa condição tão especial, que é ter uma vida a desenvolver-se, totalmente dependente do que a mãe escolhe para ela. E o facto de ser um período tão especial, exige ainda mais da grávida, que deve procurar sempre tomar as melhores decisões, não só para ela, mas também para o seu filho. Adotar um padrão alimentar o mais próximo possível do Mediterrânico pode ser um bom ponto de partida…
Quando se fala na relação entre a alimentação e as doenças cardiovasculares, há um assunto que é muito falado (merecidamente!): a alimentação Mediterrânica. Este padrão alimentar, que é característico dos países banhados pelo mar Mediterrâneo, caracteriza-se por escolhas alimentares mais saudáveis, e por um estilo de vida mais ativo e promotor de bem-estar. Alguns alimentos que têm um destaque especial na alimentação Mediterrânica são o azeite, os cereais integrais, os hortícolas, a fruta, as leguminosas, os frutos secos e o peixe. Globalmente esta alimentação está relacionada com um maior consumo de gordura insaturada e antioxidantes, e são estes compostos que conferem maior protecção contra as doenças cardiovasculares, diabetes, doenças inflamatórias, obesidade, etc. Mais concretamente em grávidas, tem vindo a ser demonstrado que uma maior adesão ao padrão alimentar Mediterrânico se relaciona com uma diminuição do risco de partos prematuros e de peso elevado à nascença.
Recentemente foi divulgado um estudo no qual se procurou perceber se a alimentação Mediterrânica em grávidas tem influência na obesidade e risco cardiovascular dos filhos. Este estudo contou com a participação de mais de 1500 mulheres. Foi observado que os filhos das grávidas que seguiram esse padrão alimentar no início da gravidez apresentavam menos massa gorda e menor pressão arterial durante a infância.
Este trabalhou revelou algo para o qual nem sempre as pessoas estão muito alerta. Muitas das doenças que nós associamos à velhice, começam a ser causadas durante o início da vida. O problema é que se tratam de doenças de progressão lenta e as manifestações das mesmas demoram muitos anos a ocorrerem. Talvez por causa disso, se desvalorize (e se desculpe!) muitas asneiras alimentares na infância. Achar que as crianças podem comer tudo o que querem, sem grandes regras, porque “quando se é novo, o corpo aguenta quase tudo” não poderia ser mais errado. E conforme ilustrado neste trabalho, esta ideia pode e deve ser aplicada ainda durante a gravidez. A grávida deve ter uma alimentação saudável, equilibrada, e ajustada a essa condição tão especial, que é ter uma vida a desenvolver-se, totalmente dependente do que a mãe escolhe para ela. E o facto de ser um período tão especial, exige ainda mais da grávida, que deve procurar sempre tomar as melhores decisões, não só para ela, mas também para o seu filho. Adotar um padrão alimentar o mais próximo possível do Mediterrânico pode ser um bom ponto de partida…