Discriminação… algo que ninguém gosta de sofrer mas que, fruto de diversas circunstâncias, infelizmente acaba por fazer parte do dia-a-dia de muitas pessoas. O excesso de peso é uma dessas circunstâncias… E essa discriminação começa cedo, logo na infância. As crianças, fruto da ingenuidade que as caracteriza, conseguem ser extremamente cruéis, nomeadamente em relação ao aspeto físico dos colegas. Lembro perfeitamente que, na altura de jogar futebol, os meus colegas mais pesados eram quase sempre os últimos a ser escolhidos e, como corriam pouco, iam sempre à baliza! E na altura das primeiras paixões e namoros, eles ficavam sempre de fora, ou então eram mencionados apenas em piadas: “Ouvi dizer que gostas do dele/dela…”. Ou então, no célebre jogo Verdade ou Consequência, eles estavam quase sempre envolvidos nas diferentes consequências propostas.
Está provado que a discriminação associada ao peso aumenta, entre outras variáveis, o risco de depressão, morte prematura e aumento de peso. No entanto, certamente que o impacto que o excesso de peso tem nas pessoas se estende muito para lá dessas variáveis. Recentemente foi publicado um estudo que envolveu mais de 5000 participantes, no qual foi avaliada a relação entre a discriminação associada ao peso e alguns comportamentos de risco, nomeadamente, fumar, conduzir embriagado ou sob o efeito de drogas, comportamentos sexuais de risco, abuso de drogas e não utilização do cinto de segurança. Observou-se que a perceção da discriminação associada ao peso aumenta a probabilidade de ocorrência desses comportamentos de risco. Curiosamente, essa associação verificou-se independentemente da existência de depressão nos participantes, o que sugere que se trata de um efeito direto. Foi proposto que a ausência de afeto, a baixa autoestima e a raiva poderiam servir como promotores dos comportamentos de risco analisados. A desvalorização dos efeitos a longo prazo parece ser igualmente importante. A associação observada poderá estar relacionada com a ideia de que, as pessoas discriminadas não se sentem motivadas para cumprir as regras de uma sociedade que as rejeita e coloca de parte.
Em jeito de conclusão, este estudo revelou, de forma clara, que o excesso de peso promove vários comportamentos que comprometem a qualidade de vida dos indivíduos, bem como a sua saúde, e que podem ter consequências gravíssimas não só para essas pessoas, mas também para quem lida com elas e, em última instância, para toda a sociedade. Devemos ter consciência de que as pessoas que têm excesso de peso precisam, muitas vezes, de uma ajuda para resolver esse problema, e nesses casos aquilo que lhes faz menos falta é ter alguém a apontar-lhes um dedo e a rejeitá-los…
Está provado que a discriminação associada ao peso aumenta, entre outras variáveis, o risco de depressão, morte prematura e aumento de peso. No entanto, certamente que o impacto que o excesso de peso tem nas pessoas se estende muito para lá dessas variáveis. Recentemente foi publicado um estudo que envolveu mais de 5000 participantes, no qual foi avaliada a relação entre a discriminação associada ao peso e alguns comportamentos de risco, nomeadamente, fumar, conduzir embriagado ou sob o efeito de drogas, comportamentos sexuais de risco, abuso de drogas e não utilização do cinto de segurança. Observou-se que a perceção da discriminação associada ao peso aumenta a probabilidade de ocorrência desses comportamentos de risco. Curiosamente, essa associação verificou-se independentemente da existência de depressão nos participantes, o que sugere que se trata de um efeito direto. Foi proposto que a ausência de afeto, a baixa autoestima e a raiva poderiam servir como promotores dos comportamentos de risco analisados. A desvalorização dos efeitos a longo prazo parece ser igualmente importante. A associação observada poderá estar relacionada com a ideia de que, as pessoas discriminadas não se sentem motivadas para cumprir as regras de uma sociedade que as rejeita e coloca de parte.
Em jeito de conclusão, este estudo revelou, de forma clara, que o excesso de peso promove vários comportamentos que comprometem a qualidade de vida dos indivíduos, bem como a sua saúde, e que podem ter consequências gravíssimas não só para essas pessoas, mas também para quem lida com elas e, em última instância, para toda a sociedade. Devemos ter consciência de que as pessoas que têm excesso de peso precisam, muitas vezes, de uma ajuda para resolver esse problema, e nesses casos aquilo que lhes faz menos falta é ter alguém a apontar-lhes um dedo e a rejeitá-los…