A obesidade é um problema de saúde pública, que, aparentemente, está longe de ter um fim à vista. Nas crianças o problema assume uma magnitude especial, uma vez que nas últimas décadas a obesidade infantil tem aumentado de forma assustadora! Muito haveria para dizer sobre o assunto, e muito certamente ficaria por dizer, mas uma coisa é inegável: talvez o maior responsável por esse cenário sejam os erros alimentares que se fazem praticamente desde que um bebé nasce (ou, pelo menos, a partir do momento que deixa de se alimentar exclusivamente de leite materno!). E o que é mais grave é que esses erros vão ter consequências, não apenas durante a infância, mas durante toda a vida dessa pessoa. Por isso, é fundamental termos consciência de que a vida não é uma brincadeira, e que um dia mais tarde vamos, de certeza, pagar a fatura de tudo aquilo que fizemos anteriormente. Não quero com isto dizer que apenas as coisas más se vão refletir no nosso futuro, mas sim que para o bem ou para o mal, é no presente que estamos a escrever parte do nosso futuro…
Mas voltando ao tema de hoje, gostaria de vos falar um pouco sobre um artigo que foi publicado recentemente e que apresenta um dado que é, no meu entender, surpreendente. Um grupo de investigadores procurou perceber qual era a relação que existia entre o consumo não apenas de energia, mas também de macronutrientes (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) durante a infância, e o índice de massa corporal. Se em relação aos primeiros dois (hidratos de carbono e gorduras) já muito foi dito e descrito sobre os potenciais malefícios que um consumo exagerado dos mesmos pode ter na saúde, as proteínas têm vivido, no meu entender, num aparente “estado de graça”. É como se conseguissem escapar entre os pingos de chuva numa tempestade. Eventualmente terão algumas características que poderão justificar essa situação, mas também não é menos verdade que as proteínas estão na moda, e como em qualquer aspeto da vida, estar na moda significa sucesso! O que estes investigadores observaram foi que o índice de massa corporal de crianças com idades compreendidas entre os 5 e 6 anos de idade parece estar relacionado com o consumo de proteínas nos 2 anos anteriores. Ou seja, um consumo de proteínas excessivo aos 4 anos aumenta significativamente o risco de excesso de peso 1-2 anos mais tarde.
Eu sei que esta é “apenas” uma evidência (obtida com dados de mais de 5500 crianças!), mas se calhar está na altura de olharmos de forma crítica para a quantidade de proteína que ingerimos e, acima de tudo, para a que estamos a dar às crianças. Há, no entanto, alguns fatores que devem ser avaliados neste contexto, como, por exemplo, a atividade física da criança. Se for uma criança muito ativa terá, naturalmente, mais necessidade de proteína do que se for uma criança sedentária. Como é óbvio, a proteína é fundamental, especialmente numa fase de crescimento, mas isso não nos deve impedir de refletir sobre o assunto…
Mas voltando ao tema de hoje, gostaria de vos falar um pouco sobre um artigo que foi publicado recentemente e que apresenta um dado que é, no meu entender, surpreendente. Um grupo de investigadores procurou perceber qual era a relação que existia entre o consumo não apenas de energia, mas também de macronutrientes (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) durante a infância, e o índice de massa corporal. Se em relação aos primeiros dois (hidratos de carbono e gorduras) já muito foi dito e descrito sobre os potenciais malefícios que um consumo exagerado dos mesmos pode ter na saúde, as proteínas têm vivido, no meu entender, num aparente “estado de graça”. É como se conseguissem escapar entre os pingos de chuva numa tempestade. Eventualmente terão algumas características que poderão justificar essa situação, mas também não é menos verdade que as proteínas estão na moda, e como em qualquer aspeto da vida, estar na moda significa sucesso! O que estes investigadores observaram foi que o índice de massa corporal de crianças com idades compreendidas entre os 5 e 6 anos de idade parece estar relacionado com o consumo de proteínas nos 2 anos anteriores. Ou seja, um consumo de proteínas excessivo aos 4 anos aumenta significativamente o risco de excesso de peso 1-2 anos mais tarde.
Eu sei que esta é “apenas” uma evidência (obtida com dados de mais de 5500 crianças!), mas se calhar está na altura de olharmos de forma crítica para a quantidade de proteína que ingerimos e, acima de tudo, para a que estamos a dar às crianças. Há, no entanto, alguns fatores que devem ser avaliados neste contexto, como, por exemplo, a atividade física da criança. Se for uma criança muito ativa terá, naturalmente, mais necessidade de proteína do que se for uma criança sedentária. Como é óbvio, a proteína é fundamental, especialmente numa fase de crescimento, mas isso não nos deve impedir de refletir sobre o assunto…