O consumo de refrigerantes, à escala mundial, tem sido associado ao aumento da obesidade à escala mundial. Devido a isso, vários investigadores têm defendido que os refrigerantes com açúcar podem muito bem ser a principal variável alimentar com impacto direto na morbilidade e mortalidade. E isto, no mínimo, dá que pensar… Sempre se ouviu falar dos problemas associados ao consumo de carnes vermelhas, de fritos, de enchidos e fumados, entre outros, mas, na realidade, os refrigerantes parecem ter um impacto global na saúde mais significativo! Mas então, o que é que se pode fazer para tentar combater este problema?
Várias estratégias têm vindo a ser adotadas, nomeadamente, ao nível da educação alimentar e nutricional, bem como um aumento dos impostos associados a esse tipo de produtos (como aconteceu recentemente em Portugal, no Orçamento de Estado para 2017). Infelizmente todas estas medidas têm tido uma eficácia muito limitada… Não é, por isso, um problema com resolução fácil.
De uma maneira geral, as novas estratégias que têm vindo a ser defendidas passam por alterar o ambiente de compra e de consumo, por exemplo, recorrendo a alterações na disposição física das lojas que vendem refrigerantes. O objetivo seria colocar os mesmos nas prateleiras que não estão ao nível dos olhos, e, por exemplo, nessas prateleiras de maior acesso, disponibilizar opções mais saudáveis (porque não água????). Na realidade, parece-me no mínimo estranho que, na maioria dos mini-, super- e hipermercados a água e os refrigerantes “não se misturem”, e haja corredores separados para os mesmos. Mais ainda, normalmente a água está num corredor mais escondido, mais afastado, para que os consumidores, para lá chegarem, tenham que se deparar com as 1001 opções de refrigerantes disponíveis. E os “desgraçados” que querem mesmo comprar água têm esses obstáculos para superar, até chegarem ao tal corredor que tem as águas para venda. Claro que muitos “ficam pelo caminho”, e acabam por comprar os refrigerantes que encontram a meio do seu trajeto… Outra possibilidade seria diminuir o tamanho das porções oferecidas. Atualmente a maioria das marcas de refrigerantes já disponibiliza a opção de compra de garrafas de 2L, havendo países onde é possível encontrar garrafas de 2,5L e até mesmo de 5L!!! Se as porções forem mais pequenas, acredito que as pessoas bebam menos. Por exemplo, se eu tiver na mesa apenas uma lata de 330mL, possivelmente só beberei essa quantidade e, eventualmente, se me apetecer beber mais irei depois recorrer à água. Mas se à minha frente estiver uma garrafa de 2L, será que eu consigo controlar eficazmente a quantidade que vou beber?
Outra estratégia passa por aumentar a informação disponibilizada aos consumidores. Num estudo publicado recentemente, foi observado que a colocação de informação nutricional adicional, juntamente com a sugestão de substituir o refrigerante por uma porção equivalente de água, promoveu um efeito significativo nos consumidores. Nesse estudo os consumidores foram confrontados com uma informação simples e objetiva: quanto iriam poupar, do ponto de vista calórico, com a substituição do refrigerante por água. E os resultados foram muito reveladores, mais informação significou melhores opções!
Mas será que os operadores económicos estão com vontade de serem promotores desta mudança? Os refrigerantes fazem parte de uma indústria com muito poder, que movimenta muitos €€€ e por isso, antes de pensar em mudar consumos, temos mesmo que mudar mentalidades. É fundamental haver maior responsabilidade e força de vontade para tentar minimizar o impacto que os refrigerantes têm na saúde pública, não só por parte dos consumidores, mas também por quem vende este tipo de produtos…
Várias estratégias têm vindo a ser adotadas, nomeadamente, ao nível da educação alimentar e nutricional, bem como um aumento dos impostos associados a esse tipo de produtos (como aconteceu recentemente em Portugal, no Orçamento de Estado para 2017). Infelizmente todas estas medidas têm tido uma eficácia muito limitada… Não é, por isso, um problema com resolução fácil.
De uma maneira geral, as novas estratégias que têm vindo a ser defendidas passam por alterar o ambiente de compra e de consumo, por exemplo, recorrendo a alterações na disposição física das lojas que vendem refrigerantes. O objetivo seria colocar os mesmos nas prateleiras que não estão ao nível dos olhos, e, por exemplo, nessas prateleiras de maior acesso, disponibilizar opções mais saudáveis (porque não água????). Na realidade, parece-me no mínimo estranho que, na maioria dos mini-, super- e hipermercados a água e os refrigerantes “não se misturem”, e haja corredores separados para os mesmos. Mais ainda, normalmente a água está num corredor mais escondido, mais afastado, para que os consumidores, para lá chegarem, tenham que se deparar com as 1001 opções de refrigerantes disponíveis. E os “desgraçados” que querem mesmo comprar água têm esses obstáculos para superar, até chegarem ao tal corredor que tem as águas para venda. Claro que muitos “ficam pelo caminho”, e acabam por comprar os refrigerantes que encontram a meio do seu trajeto… Outra possibilidade seria diminuir o tamanho das porções oferecidas. Atualmente a maioria das marcas de refrigerantes já disponibiliza a opção de compra de garrafas de 2L, havendo países onde é possível encontrar garrafas de 2,5L e até mesmo de 5L!!! Se as porções forem mais pequenas, acredito que as pessoas bebam menos. Por exemplo, se eu tiver na mesa apenas uma lata de 330mL, possivelmente só beberei essa quantidade e, eventualmente, se me apetecer beber mais irei depois recorrer à água. Mas se à minha frente estiver uma garrafa de 2L, será que eu consigo controlar eficazmente a quantidade que vou beber?
Outra estratégia passa por aumentar a informação disponibilizada aos consumidores. Num estudo publicado recentemente, foi observado que a colocação de informação nutricional adicional, juntamente com a sugestão de substituir o refrigerante por uma porção equivalente de água, promoveu um efeito significativo nos consumidores. Nesse estudo os consumidores foram confrontados com uma informação simples e objetiva: quanto iriam poupar, do ponto de vista calórico, com a substituição do refrigerante por água. E os resultados foram muito reveladores, mais informação significou melhores opções!
Mas será que os operadores económicos estão com vontade de serem promotores desta mudança? Os refrigerantes fazem parte de uma indústria com muito poder, que movimenta muitos €€€ e por isso, antes de pensar em mudar consumos, temos mesmo que mudar mentalidades. É fundamental haver maior responsabilidade e força de vontade para tentar minimizar o impacto que os refrigerantes têm na saúde pública, não só por parte dos consumidores, mas também por quem vende este tipo de produtos…