A alimentação é um tema particularmente importante no contexto pediátrico e, em particular, durante a infância, uma vez que muitas das escolhas e hábitos alimentares que são feitas durante os primeiros tempos de vida têm influência direta no desenvolvimento a curto, médio e longo prazo. Além disso, condicionam também o risco para o aparecimento de determinadas doenças em fases posteriores da vida. Sem dúvida nenhuma que o melhor alimento para os recém-nascidos é o leite materno, devido a vários fatores, nomeadamente a sua riqueza nutricional, que é adequada às necessidades do bebé e que vai mudando à medida que o bebé vai crescendo e vai tendo necessidades diferentes. Também ao nível da temperatura o leite materno é o ideal, pois é consumido à temperatura perfeita para o bebé tirar partido de todos os nutrientes presentes (além disso, não corre o risco de se queimar, pois não é aquecido artificialmente). Do ponto de vista emocional é muito importante para o estabelecimento de uma ligação única especial com a mãe. E, por último, como não é comprado, não tem impacto no orçamento familiar. Mas sobre os benefícios do leite materno irei escrever um post em breve… 🙂
No entanto, seja por incapacidade ou por opção, muitas vezes os bebés são alimentados com as fórmulas (o chamado “leite de lata”). Apesar de todos os avanços que têm sido feitos e de todo o investimento efetuado nesta área, as fórmulas não são, do ponto de vista nutricional, tão perfeitas como o leite materno. Claro que isso não significa que não devam ser usadas, pois atualmente há no mercado várias fórmulas muito boas, e muito equilibradas nutricionalmente, mas o leite materno é o leite materno…
Um dos potenciais benefícios do leite materno é uma diminuição do risco de obesidade. É um assunto que já é discutido há muitos anos, com bastante controvérsia à mistura. Por um lado, sabe-se que os bebés alimentados com fórmulas têm tendência para ganhar mais peso durante o primeiro ano de vida, e, por isso, apresentam índices de massa corporal mais elevados. Por outro lado, sabe-se que índices de massa corporal mais elevados, e acumulação de gordura na infância tendem a ser fatores de risco para o excesso de peso e obesidade na idade adulta. A questão que se coloca é: Será que o ganho de peso associado à alimentação com fórmulas reflete essencialmente um aumento da massa gorda, da massa magra, ou de ambos?
Num estudo publicado recentemente, esta questão foi abordada. Para tal foi analisada a evolução da composição corporal de crianças amamentadas ou alimentadas com leite artificial até aos 7 anos de idade. Foi verificado, conforme era esperado, que a alimentação com leite artificial levou a um aumento de peso mais rápido, e, consequentemente a um aumento do índice de massa corporal, quando comparado com os bebés alimentados com leite materno. Curiosamente, observou-se que esse aumento de peso foi uma consequência do aumento da massa magra, não se tendo observado diferenças significativas ao nível da acumulação de gordura durante os primeiros 7 meses de idade.
Claro que este tipo de resultados não coloca em causa todos os benefícios do leite materno, quando comparado com o leite artificial, mas não deixa de ser interessante analisar mais profundamente estas supostas consequências, de forma a se compreender melhor de que forma a alimentação nos primeiros meses de vida pode condicionar a composição corporal dos bebés. Além disso, este trabalho não fornece nenhuma indicação de quais os efeitos a longo prazo da alimentação exclusiva com leite artificial. Por último, convém também referir que existem muitas opções diferentes de fórmulas para recém-nascidos e que apesar de todas serem semelhantes em muitos aspetos, há sempre diferenças entre elas e por isso o impacto que as mesmas podem ter no desenvolvimento das crianças será seguramente diferente. Uma coisa é certa, se tiver possibilidade deve optar por dar leite materno ao seu bebé. Se não for possível, não se preocupe que atualmente há muitas boas opções de leite artificial no mercado.
No entanto, seja por incapacidade ou por opção, muitas vezes os bebés são alimentados com as fórmulas (o chamado “leite de lata”). Apesar de todos os avanços que têm sido feitos e de todo o investimento efetuado nesta área, as fórmulas não são, do ponto de vista nutricional, tão perfeitas como o leite materno. Claro que isso não significa que não devam ser usadas, pois atualmente há no mercado várias fórmulas muito boas, e muito equilibradas nutricionalmente, mas o leite materno é o leite materno…
Um dos potenciais benefícios do leite materno é uma diminuição do risco de obesidade. É um assunto que já é discutido há muitos anos, com bastante controvérsia à mistura. Por um lado, sabe-se que os bebés alimentados com fórmulas têm tendência para ganhar mais peso durante o primeiro ano de vida, e, por isso, apresentam índices de massa corporal mais elevados. Por outro lado, sabe-se que índices de massa corporal mais elevados, e acumulação de gordura na infância tendem a ser fatores de risco para o excesso de peso e obesidade na idade adulta. A questão que se coloca é: Será que o ganho de peso associado à alimentação com fórmulas reflete essencialmente um aumento da massa gorda, da massa magra, ou de ambos?
Num estudo publicado recentemente, esta questão foi abordada. Para tal foi analisada a evolução da composição corporal de crianças amamentadas ou alimentadas com leite artificial até aos 7 anos de idade. Foi verificado, conforme era esperado, que a alimentação com leite artificial levou a um aumento de peso mais rápido, e, consequentemente a um aumento do índice de massa corporal, quando comparado com os bebés alimentados com leite materno. Curiosamente, observou-se que esse aumento de peso foi uma consequência do aumento da massa magra, não se tendo observado diferenças significativas ao nível da acumulação de gordura durante os primeiros 7 meses de idade.
Claro que este tipo de resultados não coloca em causa todos os benefícios do leite materno, quando comparado com o leite artificial, mas não deixa de ser interessante analisar mais profundamente estas supostas consequências, de forma a se compreender melhor de que forma a alimentação nos primeiros meses de vida pode condicionar a composição corporal dos bebés. Além disso, este trabalho não fornece nenhuma indicação de quais os efeitos a longo prazo da alimentação exclusiva com leite artificial. Por último, convém também referir que existem muitas opções diferentes de fórmulas para recém-nascidos e que apesar de todas serem semelhantes em muitos aspetos, há sempre diferenças entre elas e por isso o impacto que as mesmas podem ter no desenvolvimento das crianças será seguramente diferente. Uma coisa é certa, se tiver possibilidade deve optar por dar leite materno ao seu bebé. Se não for possível, não se preocupe que atualmente há muitas boas opções de leite artificial no mercado.