O cancro é um problema de saúde pública que dispensa apresentações. Além de ser uma das principais causas de morte em todo o mundo, é também um problema que compromete de forma decisiva a qualidade de vida de muitos pacientes que têm a felicidade de superar esta terrível doença. Já para não falar na parte psicológica que, seguramente, deve ficar muito afetada em muitos pacientes, devido à sensação de que poderão estar sempre com “a corda no pescoço”. Por tudo isto e muito mais, o cancro é um tema que merece uma concentração de esforços particularmente significativa, ao nível de todos os profissionais de saúde, incluindo, obviamente, os nutricionistas. A alimentação tem um papel fundamental ao nível da prevenção, prognóstico e sucesso das intervenções clínicas após diagnóstico de cancro.
Hoje comemora-se em Portugal o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, e por isso decidi abordar este assunto tão delicado aqui no blog. O cancro da mama é um dos cancros que mais afeta a população do sexo feminino (atenção que também existe cancro da mama nos homens, mas é uma situação bastante rara). Felizmente o número de mortes, em função do número de casos do cancro da mama, tem vindo a diminuir, no entanto é um cancro que ainda mata muita gente, pois é muito frequente. Atualmente não existem ainda diretrizes alimentares concretas que sejam especificamente adequadas para pacientes com cancro da mama, quer ao nível dos macro- quer ao nível dos micronutrimentos, e que provoquem melhorias significativas no estado nutricional dos mesmos. No entanto, sabe-se que a intervenção nutricional deve iniciar-se imediatamente após o diagnóstico, de forma a melhorar a capacidade de resposta do organismo para os desafios com que se vai deparar no futuro (acredito que no futuro esta estratégia alimentar poderá também contemplar a parte emocional dos pacientes!). Um diagnóstico positivo para o cancro da mama não deve ser motivo para desvalorizar a alimentação, muito pelo contrário!!! Recomenda-se que o índice de massa corporal se mantenha entre os clássicos 20-25 kg/m2, havendo uma preocupação especial para a manutenção da massa magra, ou seja, da parte muscular. Tentar estabelecer padrões generalistas que se apliquem, de uma forma geral, a todos os pacientes, é sempre uma tarefa ingrata, impossível, diria eu. Por isso, recomendo que haja um acompanhamento nutricional individualizado, de acordo com o estado nutricional do paciente, os seus hábitos alimentares, atividade diária, preferências culturais, entre outros. Atualmente aconselha-se uma ingestão de <30% calorias provenientes de gordura (principalmente gordura monoinsaturada e polinsaturada), cerca de 55% de calorias provenientes dos hidratos de carbono (principalmente proveniente de cereais integrais como aveia e arroz integral, e fruta), e 1,2-1,5g proteína por kg de massa corporal (dando preferência à proteína de elevado valor biológico, como a que é encontrada na carne, peixe, ovos e produtos lácteos, por exemplo). Devem ser ingeridas 5-9 doses de fruta e hortícolas por dia. O consumo de alho e de vegetais crucíferos (brócolos, todo o tipo de couves, nabo, repolho, agrião, rúcula, espinafre, etc.) é recomendado. Do ponto de vista nutricional, a ingestão adequada de vitamina A, E e C, cuja função antioxidante já se encontra amplamente estudada, é aconselhada.
Estas são apenas algumas recomendações que me parecem importantes para estes pacientes. Recomendações mais específicas, que vão de encontro às características individuais de cada paciente, terão igualmente que ser dadas. Como é lógico, não vai ser a alimentação que, por si só, vai ajudar a resolver o problema do cancro da mama, mas não tenho muitas dúvidas de que poderá dar um contributo muito importante para quem infelizmente passa por essa situação. Se ao conhecimento do que se deve fazer, se juntar a consciência da importância da alimentação e a força de vontade para cumprir as recomendações sugeridas, a probabilidade de sucesso seguramente que será maior.
Hoje comemora-se em Portugal o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, e por isso decidi abordar este assunto tão delicado aqui no blog. O cancro da mama é um dos cancros que mais afeta a população do sexo feminino (atenção que também existe cancro da mama nos homens, mas é uma situação bastante rara). Felizmente o número de mortes, em função do número de casos do cancro da mama, tem vindo a diminuir, no entanto é um cancro que ainda mata muita gente, pois é muito frequente. Atualmente não existem ainda diretrizes alimentares concretas que sejam especificamente adequadas para pacientes com cancro da mama, quer ao nível dos macro- quer ao nível dos micronutrimentos, e que provoquem melhorias significativas no estado nutricional dos mesmos. No entanto, sabe-se que a intervenção nutricional deve iniciar-se imediatamente após o diagnóstico, de forma a melhorar a capacidade de resposta do organismo para os desafios com que se vai deparar no futuro (acredito que no futuro esta estratégia alimentar poderá também contemplar a parte emocional dos pacientes!). Um diagnóstico positivo para o cancro da mama não deve ser motivo para desvalorizar a alimentação, muito pelo contrário!!! Recomenda-se que o índice de massa corporal se mantenha entre os clássicos 20-25 kg/m2, havendo uma preocupação especial para a manutenção da massa magra, ou seja, da parte muscular. Tentar estabelecer padrões generalistas que se apliquem, de uma forma geral, a todos os pacientes, é sempre uma tarefa ingrata, impossível, diria eu. Por isso, recomendo que haja um acompanhamento nutricional individualizado, de acordo com o estado nutricional do paciente, os seus hábitos alimentares, atividade diária, preferências culturais, entre outros. Atualmente aconselha-se uma ingestão de <30% calorias provenientes de gordura (principalmente gordura monoinsaturada e polinsaturada), cerca de 55% de calorias provenientes dos hidratos de carbono (principalmente proveniente de cereais integrais como aveia e arroz integral, e fruta), e 1,2-1,5g proteína por kg de massa corporal (dando preferência à proteína de elevado valor biológico, como a que é encontrada na carne, peixe, ovos e produtos lácteos, por exemplo). Devem ser ingeridas 5-9 doses de fruta e hortícolas por dia. O consumo de alho e de vegetais crucíferos (brócolos, todo o tipo de couves, nabo, repolho, agrião, rúcula, espinafre, etc.) é recomendado. Do ponto de vista nutricional, a ingestão adequada de vitamina A, E e C, cuja função antioxidante já se encontra amplamente estudada, é aconselhada.
Estas são apenas algumas recomendações que me parecem importantes para estes pacientes. Recomendações mais específicas, que vão de encontro às características individuais de cada paciente, terão igualmente que ser dadas. Como é lógico, não vai ser a alimentação que, por si só, vai ajudar a resolver o problema do cancro da mama, mas não tenho muitas dúvidas de que poderá dar um contributo muito importante para quem infelizmente passa por essa situação. Se ao conhecimento do que se deve fazer, se juntar a consciência da importância da alimentação e a força de vontade para cumprir as recomendações sugeridas, a probabilidade de sucesso seguramente que será maior.