Não sei se têm conhecimento, mas de 29 de setembro a 6 de outubro comemora-se em Portugal a Semana Mundial do Aleitamento Materno, com o tema “Todos Juntos pelo Aleitamento Materno”. Obviamente que eu não poderia perder a oportunidade para publicar mais um post sobre o leite materno, desta vez sobre a sua composição.
Do ponto de vista nutricional, o leite materno é extremamente rico e equilibrado. Aqui fica uma visão geral dos seus principais constituintes.
Proteínas:
As proteínas do leite humano podem ser divididas em proteínas do soro e caseínas, sendo que a sua proporção é de cerca de 60% e 40%, respetivamente. A sua composição e proporção faz com que a digestão seja rápida e eficaz. Por exemplo, nos leites artificiais, designados de fórmulas, a percentagem de caseína é normalmente superior, o que contribui para uma digestão mais difícil e, consequentemente pode aumentar o risco de desconforto abdominal (dores, gases, distensão, etc). Além de fornecerem ao bebé os aminoácidos que ele precisa para o seu funcionamento, algumas proteínas presentes no leite materno também desempenham funções específicas, nomeadamente ao nível das defesas do bebé, tais como: lactoferrina, que é uma proteína que impede o crescimento de algumas bactérias e leveduras sistema gastrointestinal do bebé; IgA (principalmente), IgG e IgM, que são diferentes tipos de anticorpos que ajudam a proteger o bebé contra vírus e bactérias, estando também associadas a uma diminuição do risco de alergias (a título de curiosidade, alguns estudos apontam para que o consumo de peixe seja um fator estimulador da libertação de IgA para o leite materno); lisozima, que é uma proteína que protege o bebé contra bactérias como a E. coli e a Salmonella, diminui a inflamação e permite o desenvolvimento de uma microbiota intestinal adequada; fator bífido, que é uma proteína que suporta o crescimento de bactérias Lactobacillus, extremamente benéficas para o desenvolvimento de uma microbiota intestinal adequada.
As proteínas do leite humano podem ser divididas em proteínas do soro e caseínas, sendo que a sua proporção é de cerca de 60% e 40%, respetivamente. A sua composição e proporção faz com que a digestão seja rápida e eficaz. Por exemplo, nos leites artificiais, designados de fórmulas, a percentagem de caseína é normalmente superior, o que contribui para uma digestão mais difícil e, consequentemente pode aumentar o risco de desconforto abdominal (dores, gases, distensão, etc). Além de fornecerem ao bebé os aminoácidos que ele precisa para o seu funcionamento, algumas proteínas presentes no leite materno também desempenham funções específicas, nomeadamente ao nível das defesas do bebé, tais como: lactoferrina, que é uma proteína que impede o crescimento de algumas bactérias e leveduras sistema gastrointestinal do bebé; IgA (principalmente), IgG e IgM, que são diferentes tipos de anticorpos que ajudam a proteger o bebé contra vírus e bactérias, estando também associadas a uma diminuição do risco de alergias (a título de curiosidade, alguns estudos apontam para que o consumo de peixe seja um fator estimulador da libertação de IgA para o leite materno); lisozima, que é uma proteína que protege o bebé contra bactérias como a E. coli e a Salmonella, diminui a inflamação e permite o desenvolvimento de uma microbiota intestinal adequada; fator bífido, que é uma proteína que suporta o crescimento de bactérias Lactobacillus, extremamente benéficas para o desenvolvimento de uma microbiota intestinal adequada.
Gordura:
É um nutrimento essencial para o bebé! A gordura é necessária para o desenvolvimento do cérebro, retina, entre outros tecidos. Além disso, a absorção de vitaminas lipídicas (A, D, E e K) necessita da presença de gordura. Por último a gordura é uma fonte de energia fundamental para os bebés.
É um nutrimento essencial para o bebé! A gordura é necessária para o desenvolvimento do cérebro, retina, entre outros tecidos. Além disso, a absorção de vitaminas lipídicas (A, D, E e K) necessita da presença de gordura. Por último a gordura é uma fonte de energia fundamental para os bebés.
Hidratos de carbono:
O principal hidrato de carbono do leite materno é a lactose, contribuindo com cerca de 40% do total de calorias desse leite. Na realidade, a sua concentração no leite materno é muito superior à da maioria dos restantes leites de outros mamíferos. A lactose ajuda a impedir o crescimento de bactérias no estômago do bebé, contribuindo assim para uma maior absorção de cálcio, fósforo e magnésio.
O principal hidrato de carbono do leite materno é a lactose, contribuindo com cerca de 40% do total de calorias desse leite. Na realidade, a sua concentração no leite materno é muito superior à da maioria dos restantes leites de outros mamíferos. A lactose ajuda a impedir o crescimento de bactérias no estômago do bebé, contribuindo assim para uma maior absorção de cálcio, fósforo e magnésio.
Vitaminas:
A variedade e quantidade de vitaminas presente no leite materno está diretamente dependente da alimentação da mãe, ou seja, o que a mãe come no período de tempo em que está a dar de mamar é um fator crítico para a qualidade do leite produzido!
A variedade e quantidade de vitaminas presente no leite materno está diretamente dependente da alimentação da mãe, ou seja, o que a mãe come no período de tempo em que está a dar de mamar é um fator crítico para a qualidade do leite produzido!
Uma dúvida muito frequente relaciona-se com a quantidade (e, por vezes, com a qualidade) do leite produzido. É inevitável a mãe questionar-se se estará a produzir leite adequado às necessidades do bebé, pois é impossível avaliar o quanto o bebé bebe numa mamada. Nesses casos, a melhor forma é avaliar o desenvolvimento da criança. Se o desenvolvimento estiver a decorrer de forma normal, então não se deve preocupar com esse tipo de dúvidas. Também é importante ter a noção de que a composição do leite materno se vai alterando, de forma a adaptar-se às diferentes necessidades que o bebé vai tendo, à medida que se desenvolve. Inicialmente a mãe produz colostro, que é um líquido espesso, amarelado, normalmente produzido em pouca quantidade mas que, em condições normais, tem tudo o que o seu bebé precisa nos primeiros dias de vida. Além disso, permite preparar o sistema digestivo do seu bebé para a chegada do leite materno. À medida que o bebé se vai desenvolvendo, o colostro dá lugar ao leite propriamente dito, sendo que este se vai alterando consoante o desenvolvimento do bebé. Por tudo isto que referi neste post, acabo exatamente com o título do mesmo: o leite materno é o alimento perfeito para o seu bebé! 🙂