A prevalência da diabetes tipo 2 tem aumentado de forma assustadora nos últimos anos. Uns dizem que é por causa do estilo de vida mais sedentário, outros dizem que é por causa da alimentação, outros ainda defendem que a poluição poderá também ser relevante, e há ainda quem diga que a genética é preponderante. Parece-me lógico que todos possam ter a sua razão, e que esses fatores, e outros, possam ser muito importantes. O que é certo é que estamos a falar de um dos principais problemas de saúde pública do século XXI! Para terem uma ideia, em 2015, cerca de 415 milhões de adultos tinham diabetes, o que corresponde a cerca de 8,8% da população mundial! Na minha opinião, este número é simplesmente assustador e bem revelador da magnitude to problema, e da nossa ineficácia atual para lidar com o mesmo. E as estimativas mais recentes apontam para que, em 2040, esta doença afete 642 milhões de pessoas… Metade dos diabéticos têm uma idade compreendida entre os 40 e os 59 anos de idade, ou seja, o impacto a nível social é enorme. E nunca é demais relembrar que a diabetes tem como principais (possíveis) consequências a cegueira, a amputação dos membros inferiores, falência renal, doenças cardiovasculares e uma óbvia diminuição da qualidade de vida. Apesar de ser uma doença complexa e multifatorial, é inequívoco que a alimentação é um dos fatores ambientais com mais influência na mesma. (talvez mesmo o fator ambiental com maior importância???)
Vários estudos têm tentado relacionar diferentes variáveis da alimentação com o risco de aparecimento de diabetes. Recentemente foi publicado um artigo que procurou enquadrar as principais observações que têm vindo a ser descritas sobre a associação entre o consumo de iogurte e a diabetes. A escolha do iogurte prende-se com o facto de este ser, porventura, o produto lácteo com maior quantidade de potenciais benefícios para a saúde. No entanto, sendo um tema complexo e controverso, existem observações contraditórias sobre o mesmo. Globalmente, parece haver um consenso crescente sobre o impacto que o consumo de iogurtes tem ao nível do risco de se desenvolver a diabetes e que, também devido a isso, o iogurte pode e deve ser incluído num padrão de alimentação saudável. Mesmo para as pessoas que defendem que o leite não deve ser consumido (que não é o meu caso!), muitas vezes à espaço para iogurtes e produtos lácteos fermentados nos seus planos alimentares. Apesar de ser cada vez mais evidente um potencial benefício do consumo de iogurtes no risco de aparecimento de diabetes, mais estudos são necessários para perceber com mais detalhe de que forma é que esse consumo pode alterar o nosso metabolismo de forma a diminuir o risco de se ter a doença.
Se por um lado, o consumo de iogurtes parece estar associado, de uma maneira geral, a um padrão alimentar mais saudável, também alguns dos seus componentes parecem modular positivamente alguns parâmetros da nossa bioquímica, seja ao nível da integridade das nossas bactérias intestinais (microbiota intestinal), seja devido a efeitos diretos nas nossas células. De facto, o consumo de iogurtes parece relacionar-se inversamente com a obesidade, apresentando igualmente propriedades anti-inflamatórias, e de diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo. Por último, a produção e a atuação da insulina parecem melhorar após consumo de iogurtes. De qualquer das formas, independentemente da forma como os iogurtes contribuem para diminuir o risco de diabetes (e, eventualmente de várias outras doenças?), aqui fica mais um argumento para o consumo deste alimento tão saudável, prático e variado (é praticamente impossível não existir pelo menos um tipo de iogurte que agrade a qualquer um de nós). Por último, não poderia deixar de referir que quando se fala em iogurtes, estamos a falar de um universo de inúmeros produtos alimentares diferentes, que engloba os açucarados e os não açucarados, os com aromas e os com pedaços de fruta, os gregos, os magros, os sem lactose, os com probióticos, etc. O facto de existirem muitos iogurtes diferentes no mercado exige um maior estado de alerta dos consumidores, para poderem fazer as melhores opções, de acordo com as suas características e as propriedades nutricionais de cada iogurte. Caso contrário, corre-se o risco de transformar uma suposta opção saudável em algo que pode agravar ainda mais o problema…
Vários estudos têm tentado relacionar diferentes variáveis da alimentação com o risco de aparecimento de diabetes. Recentemente foi publicado um artigo que procurou enquadrar as principais observações que têm vindo a ser descritas sobre a associação entre o consumo de iogurte e a diabetes. A escolha do iogurte prende-se com o facto de este ser, porventura, o produto lácteo com maior quantidade de potenciais benefícios para a saúde. No entanto, sendo um tema complexo e controverso, existem observações contraditórias sobre o mesmo. Globalmente, parece haver um consenso crescente sobre o impacto que o consumo de iogurtes tem ao nível do risco de se desenvolver a diabetes e que, também devido a isso, o iogurte pode e deve ser incluído num padrão de alimentação saudável. Mesmo para as pessoas que defendem que o leite não deve ser consumido (que não é o meu caso!), muitas vezes à espaço para iogurtes e produtos lácteos fermentados nos seus planos alimentares. Apesar de ser cada vez mais evidente um potencial benefício do consumo de iogurtes no risco de aparecimento de diabetes, mais estudos são necessários para perceber com mais detalhe de que forma é que esse consumo pode alterar o nosso metabolismo de forma a diminuir o risco de se ter a doença.
Se por um lado, o consumo de iogurtes parece estar associado, de uma maneira geral, a um padrão alimentar mais saudável, também alguns dos seus componentes parecem modular positivamente alguns parâmetros da nossa bioquímica, seja ao nível da integridade das nossas bactérias intestinais (microbiota intestinal), seja devido a efeitos diretos nas nossas células. De facto, o consumo de iogurtes parece relacionar-se inversamente com a obesidade, apresentando igualmente propriedades anti-inflamatórias, e de diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo. Por último, a produção e a atuação da insulina parecem melhorar após consumo de iogurtes. De qualquer das formas, independentemente da forma como os iogurtes contribuem para diminuir o risco de diabetes (e, eventualmente de várias outras doenças?), aqui fica mais um argumento para o consumo deste alimento tão saudável, prático e variado (é praticamente impossível não existir pelo menos um tipo de iogurte que agrade a qualquer um de nós). Por último, não poderia deixar de referir que quando se fala em iogurtes, estamos a falar de um universo de inúmeros produtos alimentares diferentes, que engloba os açucarados e os não açucarados, os com aromas e os com pedaços de fruta, os gregos, os magros, os sem lactose, os com probióticos, etc. O facto de existirem muitos iogurtes diferentes no mercado exige um maior estado de alerta dos consumidores, para poderem fazer as melhores opções, de acordo com as suas características e as propriedades nutricionais de cada iogurte. Caso contrário, corre-se o risco de transformar uma suposta opção saudável em algo que pode agravar ainda mais o problema…