O excesso de peso e a obesidade são, infelizmente, uma realidade cada vez mais presente na maior parte das sociedades, incluindo a Portuguesa. Apesar de ser um problema amplamente reconhecido, e de estarem identificadas inúmeras consequências negativas associadas ao excesso de peso, trata-se de algo que está longe de ter uma resolução eficaz. Por um lado, porque envolve mudança de mentalidades e de hábitos e estilos de vida, o que é normalmente complicado (mas não impossível!). Por outro lado, porque infelizmente a maior parte das pessoas ainda não percebeu que para a perda de peso ser eficaz, tem que ser definida uma estratégia individualizada, adequada às características de cada um. Dizer apenas para comer menos, para fazer mais exercício, para seguir uma suposta dieta “milagrosa” universal, etc., são tudo conselhos demasiado vagos que, a médio prazo não resultam para a maioria das pessoas. O insucesso no combate ao excesso de peso é, infelizmente, a melhor prova disso mesmo!
São muitas as estratégias que se podem adotar quando se elabora um plano de redução de peso, sendo que as mais frequentes incluem uma alimentação pobre em hidratos de carbono, ou pobre em lípidos (atenção que eu disse pobre, não disse isenta!). O conhecimento que temos sobre o que determina qual a melhor opção para cada um de nós é ainda limitado, e esta é, na minha opinião, uma área de estudo particularmente importante.
Recentemente foi publicado um artigo no qual foi investigado de que forma os níveis de glucose e de insulina em jejum podem ser utilizados como indicadores do sucesso que algumas estratégias alimentares de redução de peso podem ter. Este estudo contou com a participação de quase 300 indivíduos com excesso de peso/obesidade, de 8 países europeus diferentes. Foi verificado que os a quantificação dos níveis de glucose em jejum, antes de se iniciar a intervenção de diminuição de peso, é uma análise com potencial para ser utilizado como uma ferramenta de previsão do sucesso dessa intervenção. Mais concretamente, indivíduos com excesso de peso ou obesidade e com níveis elevados de glucose em jejum, definidos como pré-diabéticos, são particularmente vulneráveis a ganharem novamente peso após o emagrecimento, se o seu plano alimentar for rico em hidratos de carbono. Por outro lado, se a dieta proposta for pobre em hidratos de carbono, ou então se for uma dieta rica em fibras e cereais integrais, não só a perda de peso é mais significativa, como a probabilidade de voltarem a ganhar o peso perdido é menor. É importante referir que todas as dietas estudadas apresentaram a mesma quantidade diária de calorias, diferindo apenas na proporção dos macronutrimentos.
Estes dados parecem-me muito interessantes, pois a quantificação da glucose em jejum é uma análise relativamente simples de fazer, e, assumindo que podem ser generalizados, poderão, no futuro, auxiliar os nutricionistas na escolha da estratégia mais adequada ao perfil de cada paciente. No entanto, também não tenho dúvidas de que nesse caso essa avaliação será apenas mais uma ferramenta que ajudará a definir o perfil de cada paciente. Compreender as características físicas e psicológicas de cada paciente é, na minha opinião, talvez o aspeto mais importante (mas mais complexo!) de uma estratégia de redução de peso. Só assim é possível ir de encontro às expectativas e motivações de cada um…
São muitas as estratégias que se podem adotar quando se elabora um plano de redução de peso, sendo que as mais frequentes incluem uma alimentação pobre em hidratos de carbono, ou pobre em lípidos (atenção que eu disse pobre, não disse isenta!). O conhecimento que temos sobre o que determina qual a melhor opção para cada um de nós é ainda limitado, e esta é, na minha opinião, uma área de estudo particularmente importante.
Recentemente foi publicado um artigo no qual foi investigado de que forma os níveis de glucose e de insulina em jejum podem ser utilizados como indicadores do sucesso que algumas estratégias alimentares de redução de peso podem ter. Este estudo contou com a participação de quase 300 indivíduos com excesso de peso/obesidade, de 8 países europeus diferentes. Foi verificado que os a quantificação dos níveis de glucose em jejum, antes de se iniciar a intervenção de diminuição de peso, é uma análise com potencial para ser utilizado como uma ferramenta de previsão do sucesso dessa intervenção. Mais concretamente, indivíduos com excesso de peso ou obesidade e com níveis elevados de glucose em jejum, definidos como pré-diabéticos, são particularmente vulneráveis a ganharem novamente peso após o emagrecimento, se o seu plano alimentar for rico em hidratos de carbono. Por outro lado, se a dieta proposta for pobre em hidratos de carbono, ou então se for uma dieta rica em fibras e cereais integrais, não só a perda de peso é mais significativa, como a probabilidade de voltarem a ganhar o peso perdido é menor. É importante referir que todas as dietas estudadas apresentaram a mesma quantidade diária de calorias, diferindo apenas na proporção dos macronutrimentos.
Estes dados parecem-me muito interessantes, pois a quantificação da glucose em jejum é uma análise relativamente simples de fazer, e, assumindo que podem ser generalizados, poderão, no futuro, auxiliar os nutricionistas na escolha da estratégia mais adequada ao perfil de cada paciente. No entanto, também não tenho dúvidas de que nesse caso essa avaliação será apenas mais uma ferramenta que ajudará a definir o perfil de cada paciente. Compreender as características físicas e psicológicas de cada paciente é, na minha opinião, talvez o aspeto mais importante (mas mais complexo!) de uma estratégia de redução de peso. Só assim é possível ir de encontro às expectativas e motivações de cada um…