Há uns anos atrás, as grandes preocupações alimentares/nutricionais estavam essencialmente centradas na quantidade de gordura ingerida, sendo que as dietas de baixo teor em gordura (as célebres dietas low fat) conquistaram adeptos um pouco por todo o lado. Entretanto, com o avançar do conhecimento, e com a inevitável influência das “modas” na alimentação, as gorduras foram perdendo algum do destaque que tiveram, e vivem agora num aparente estado de graça, enquanto os maus da fita passaram a ser os hidratos de carbono. Ou seja, as dietas low fat foram destronadas pelas dietas low carb (pobres em hidratos de carbono) por aqueles que procuram uma alimentação mais saudável (?!). Apesar desta mudança que se tem verificado nos últimos anos, obviamente que a quantidade de gordura ingerida, bem como os tipos de gordura que ingerimos têm um impacto em vários aspetos da nossa vida, nomeadamente ao nível da diminuição do risco de alguns cancros e de doenças cardiovasculares.
Por exemplo, atualmente sabe-se que é possível, através da alimentação, diminuir os níveis dos triglicéridos e do chamado “mau colesterol” (LDL) na corrente sanguínea, e, consequentemente diminuir o risco do aparecimento de eventos relacionados com a aterosclerose. Recentemente foi publicado um artigo no qual foi avaliado o impacto que uma alimentação pobre em gorduras tem ao nível do risco de doenças cardiovasculares e mortalidade global, quer durante o período de implementação desse regime alimentar, quer no período de tempo seguinte. Trata-se de um trabalho em grande escala que contou com a participação de quase 50000 mulheres em idade pós-menopausa. A dieta pobre em gorduras aplicada continha 8-10% de energia proveniente de gordura (as recomendações atuais são de cerca de 25-30%), havendo um aumento correspondente na quantidade de hidratos de carbono ingeridos. Globalmente verificou-se que a adoção de um padrão alimentar pobre em gordura provocou uma diminuição do risco de enfarte do miocárdio e de AVCs.
Uma das grandes preocupações dos profissionais de nutrição, nos dias que correm, está relacionada com o aumento significativo do consumo de hidratos de carbono que se tem verificado nas últimas décadas. No entanto, não nos podemos esquecer que se precisarmos de substituir o contributo energético de hidratos de carbono, teremos que aumentar a quantidade de proteína ou de gordura ingerida, o que, naturalmente, também terá riscos associados. Em relação à gordura, um consumo excessivo está relacionado com um aumento do risco de doenças cardiovasculares, pelo que a sua ingestão desregrada deve ser evitada. Além disso, parece-me (muito!) importante referir que existem muitos tipos de gorduras diferentes, com potenciais riscos ou benefícios para a saúde, dependendo da gordura considerada, portanto acho muito redutor falar-se numa dieta rica ou pobre em gordura. Além disso, também há cada vez mais evidências que sugerem que não só os efeitos individuais das diferentes gorduras são importantes, como as proporções entre elas parecem ser igualmente determinantes de qual o impacto final no funcionamento e na saúde do nosso organismo. Não é a mesma coisa utilizar azeite, manteiga, margarina, óleo de coco, etc., mas isso ficará para um post futuro…
Por exemplo, atualmente sabe-se que é possível, através da alimentação, diminuir os níveis dos triglicéridos e do chamado “mau colesterol” (LDL) na corrente sanguínea, e, consequentemente diminuir o risco do aparecimento de eventos relacionados com a aterosclerose. Recentemente foi publicado um artigo no qual foi avaliado o impacto que uma alimentação pobre em gorduras tem ao nível do risco de doenças cardiovasculares e mortalidade global, quer durante o período de implementação desse regime alimentar, quer no período de tempo seguinte. Trata-se de um trabalho em grande escala que contou com a participação de quase 50000 mulheres em idade pós-menopausa. A dieta pobre em gorduras aplicada continha 8-10% de energia proveniente de gordura (as recomendações atuais são de cerca de 25-30%), havendo um aumento correspondente na quantidade de hidratos de carbono ingeridos. Globalmente verificou-se que a adoção de um padrão alimentar pobre em gordura provocou uma diminuição do risco de enfarte do miocárdio e de AVCs.
Uma das grandes preocupações dos profissionais de nutrição, nos dias que correm, está relacionada com o aumento significativo do consumo de hidratos de carbono que se tem verificado nas últimas décadas. No entanto, não nos podemos esquecer que se precisarmos de substituir o contributo energético de hidratos de carbono, teremos que aumentar a quantidade de proteína ou de gordura ingerida, o que, naturalmente, também terá riscos associados. Em relação à gordura, um consumo excessivo está relacionado com um aumento do risco de doenças cardiovasculares, pelo que a sua ingestão desregrada deve ser evitada. Além disso, parece-me (muito!) importante referir que existem muitos tipos de gorduras diferentes, com potenciais riscos ou benefícios para a saúde, dependendo da gordura considerada, portanto acho muito redutor falar-se numa dieta rica ou pobre em gordura. Além disso, também há cada vez mais evidências que sugerem que não só os efeitos individuais das diferentes gorduras são importantes, como as proporções entre elas parecem ser igualmente determinantes de qual o impacto final no funcionamento e na saúde do nosso organismo. Não é a mesma coisa utilizar azeite, manteiga, margarina, óleo de coco, etc., mas isso ficará para um post futuro…