A utilização de suplementos alimentares é, possivelmente, o tema mais controverso na área da nutrição. Tenho colegas que os defendem com unhas e dentes, enquanto outros acham que não devem ser utilizados, e que a alimentação consegue dar-nos tudo aquilo que precisamos. Confesso que não consigo ter uma visão tão intransigente sobre este assunto, ainda que me pareça que neste momento existe algum descontrolo no consumo dos suplementos, devido à facilidade de acesso aos mesmos, à diversidade de suplementos disponíveis no mercado e, acima de tudo, ao marketing poderoso associado aos mesmos.
Em primeiro lugar queria falar sobre o conceito de “suplemento alimentar”. Como o próprio nome indica, trata-se de um suplemento e não de um substituto. Além disso, é um suplemento alimentar, ou seja, tem como objetivo enriquecer, de algum modo, a nossa alimentação. Portanto, vão ser a alimentação e as nossas necessidades num determinado contexto que vão determinar se precisamos (ou não!) de determinado suplemento. E muitas vezes, se a nossa alimentação for equilibrada e variada, não vamos precisar de suplementos para manter o correto funcionamento do nosso organismo! Por exemplo, se eu souber que vou ter uma semana com mais trabalho do que o habitual, eu posso ajustar a minha alimentação de forma a aumentar a ingestão dos macro- e micronutrimentos que vou precisar em maior quantidade nessa semana. Possivelmente não precisarei de ir a correr tomar suplementos porque senão não vou aguentar a semana de trabalho que está a chegar! No entanto, se de repente eu ficar doente e não me conseguir alimentar corretamente durante vários dias, ou se estiver a precisar de mais nutrimentos do que aqueles que obtenho a partir da alimentação, então a utilização de suplementos poderá ser uma estratégia adequada.
Atenção que com isto não quero dizer que não haja suplementos que mesmo em condições normais não devem ser utilizados. Um exemplo é a vitamina D! Apesar das polémicas recentes, atualmente acredita-se que pelo menos até ao final da adolescência se deve tomar um suplemento de vitamina D durante alguns meses do ano, uma vez que a produção desta vitamina no Outono e Inverno é muito baixa e é uma vitamina que não se encontra presente em quantidade suficiente na maior parte dos alimentos. Durante a gravidez também existem alguns suplementos que devem ser tomados, tais como ácido fólico, ferro ou magnésio. Também no caso dos desportistas, existem alguns suplementos que poderão fazer a diferença no seu rendimento (ainda que o caso da nutrição desportiva seja, eventualmente, o contexto onde existe maior descontrolo e, arriscaria a dizer, falta de bom senso, ao nível do consumo de suplementos!!!!). E mesmo nalguns casos de pessoas sujeitas a planos alimentares para emagrecer, que podem ser bastante restritivos, a suplementação pode ser um aliado indispensável para não comprometer o dia-a-dia dessas pessoas. Também pessoas com determinadas doenças que impeçam o consumo alimentar ou a utilização de determinados nutrientes podem beneficiar de uma suplementação adequada, bem como no caso dos países subdesenvolvidos, onde a malnutrição é um problema generalizado.
Portanto, não sou contra a utilização de suplementos alimentares, e defendo-os em contextos nos quais exista, claramente, um benefício para a pessoa. Agora recomendar o consumo de determinado suplemento só porque está na moda, isso não faz sentido nenhum! Até porque o consumo desregrado de suplementos alimentares pode ter consequência potencialmente muito graves, pois muitas das substâncias contidas nos suplementos podem, em excesso, causar danos. Além disso, há que ter em consideração que os suplementos não são todos iguais, e que independentemente da quantidade de cada composto existente nos suplementos, a sua absorção intestinal e utilização pode ser dramaticamente diferente. Portanto, em primeiro lugar deve procurar aconselhamento sobre se deve ou não tomar determinado suplemento, depois deve saber escolher o melhor suplemento dentro das diferentes opções disponíveis e, muito importante, deve saber como tomar os suplementos (altura do dia, quantidade, combinação com alimentos, etc.). Por favor não se deixe influenciar por modas nem por qualquer interesse económico e utilize sempre a regra de ouro da nutrição: BOM SENSO!
Em primeiro lugar queria falar sobre o conceito de “suplemento alimentar”. Como o próprio nome indica, trata-se de um suplemento e não de um substituto. Além disso, é um suplemento alimentar, ou seja, tem como objetivo enriquecer, de algum modo, a nossa alimentação. Portanto, vão ser a alimentação e as nossas necessidades num determinado contexto que vão determinar se precisamos (ou não!) de determinado suplemento. E muitas vezes, se a nossa alimentação for equilibrada e variada, não vamos precisar de suplementos para manter o correto funcionamento do nosso organismo! Por exemplo, se eu souber que vou ter uma semana com mais trabalho do que o habitual, eu posso ajustar a minha alimentação de forma a aumentar a ingestão dos macro- e micronutrimentos que vou precisar em maior quantidade nessa semana. Possivelmente não precisarei de ir a correr tomar suplementos porque senão não vou aguentar a semana de trabalho que está a chegar! No entanto, se de repente eu ficar doente e não me conseguir alimentar corretamente durante vários dias, ou se estiver a precisar de mais nutrimentos do que aqueles que obtenho a partir da alimentação, então a utilização de suplementos poderá ser uma estratégia adequada.
Atenção que com isto não quero dizer que não haja suplementos que mesmo em condições normais não devem ser utilizados. Um exemplo é a vitamina D! Apesar das polémicas recentes, atualmente acredita-se que pelo menos até ao final da adolescência se deve tomar um suplemento de vitamina D durante alguns meses do ano, uma vez que a produção desta vitamina no Outono e Inverno é muito baixa e é uma vitamina que não se encontra presente em quantidade suficiente na maior parte dos alimentos. Durante a gravidez também existem alguns suplementos que devem ser tomados, tais como ácido fólico, ferro ou magnésio. Também no caso dos desportistas, existem alguns suplementos que poderão fazer a diferença no seu rendimento (ainda que o caso da nutrição desportiva seja, eventualmente, o contexto onde existe maior descontrolo e, arriscaria a dizer, falta de bom senso, ao nível do consumo de suplementos!!!!). E mesmo nalguns casos de pessoas sujeitas a planos alimentares para emagrecer, que podem ser bastante restritivos, a suplementação pode ser um aliado indispensável para não comprometer o dia-a-dia dessas pessoas. Também pessoas com determinadas doenças que impeçam o consumo alimentar ou a utilização de determinados nutrientes podem beneficiar de uma suplementação adequada, bem como no caso dos países subdesenvolvidos, onde a malnutrição é um problema generalizado.
Portanto, não sou contra a utilização de suplementos alimentares, e defendo-os em contextos nos quais exista, claramente, um benefício para a pessoa. Agora recomendar o consumo de determinado suplemento só porque está na moda, isso não faz sentido nenhum! Até porque o consumo desregrado de suplementos alimentares pode ter consequência potencialmente muito graves, pois muitas das substâncias contidas nos suplementos podem, em excesso, causar danos. Além disso, há que ter em consideração que os suplementos não são todos iguais, e que independentemente da quantidade de cada composto existente nos suplementos, a sua absorção intestinal e utilização pode ser dramaticamente diferente. Portanto, em primeiro lugar deve procurar aconselhamento sobre se deve ou não tomar determinado suplemento, depois deve saber escolher o melhor suplemento dentro das diferentes opções disponíveis e, muito importante, deve saber como tomar os suplementos (altura do dia, quantidade, combinação com alimentos, etc.). Por favor não se deixe influenciar por modas nem por qualquer interesse económico e utilize sempre a regra de ouro da nutrição: BOM SENSO!